PEDRO PARENTE RECEBE CONVITE PARA SER O PRESIDENTE DO CONSELHO DA BRF. MERCADO DA CARNE GOSTA, MAS E O DO PETRÓLEO ?
Quem vencerá a disputa, a vaidade de Pedro Parente ou o compliance da companhia que dirige e que ajudou a implantar suas regras sobre ética? Ele será capaz de continuar presidente de uma companhia cheia de problemas para dividir o seu espaço e ser o responsável pelo conselho de administração de um grande grupo também com problemas gigantescos? E ainda mais envolvido nas operações corruptas que envolveram políticos? Os próximos responderão essa dúvida. Tudo isso porque o presidente da Petrobrás poderá substituir o empresário Abilio Diniz à frente da Conselho de Administração da BRF, a líder do mercado de alimentos processados no Brasil, que passa por uma grave crise administrativa. As tratativas ainda estão em curso e o martelo deve ser batido nesta quinta-feira (19) durante a reunião do conselho que visa tratar da disputa. A notícia circulou e já fez a BRF subir 8% na Bolsa. Parente só aceitará o desafio se seu nome for aceito por consenso entre todos os acionistas. Hoje ele comanda também o conselho de administração da B3, a administradora da Bolsa de Valores de São Paulo, e provavelmente deixaria esse cargo se fosse para a BRF.
Se isso ocorrer, é bastante provável que o fundo britânico Aberdeen, que tem 5,02% da BRF, retire seu pedido de voto múltiplo e que seja novamente apresentada uma chapa única na assembleia geral de acionistas marcada para o dia 26. O fundo havia feito o pedido na semana passada, obrigando que todos os dez nomes do conselho sejam aprovados individualmente, o que deixaria Abílio com um ou no máximo dois representantes no colegiado. Os acionistas da BRF estão em guerra pelo comando da companhia. De um lado, os fundos de pensão Petros (Petrobrás) e Previ (Banco do Brasil). Do outro, Península (holding da família Diniz) e o fundo Tarpon. Petros e Previ pediram substituição de Abílio no comando da empresa por conta dos prejuízos registrados pela companhia, que perdeu R$ 1,1 bilhão em 2017. A empresa também enfrenta um veto à venda de seu frango na Europa devido a Operação Carne Fraca. Os fundos, querem o o executivo Augusto Cruz, presidente do conselho da BR Distribuidora. Já Abilio tentava quer Luiz Fernando Furlan, herdeiro da Sadia.
Em nota no final da noite, Parente disse que permanece presidente da Petrobrás e que se sua eleição for confirmada em assembleia de acionistas da BRF no dia 26, ele renunciará ao comando do Conselho de Administração da B3, que controla a Bolsa de São Paulo. Seu acordo na petroleira permite que ele ocupe apenas uma posição do tipo fora da Petrobrás.
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