PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS CRIAM MAIS EMPREGOS E SUPERAM AS GRANDES INDÚSTRIAS NO BRASIL

marceAs grandes indústrias tiveram um desempenho mais positivo em comparação com as pequenas e as médias indústrias, em fevereiro de 2024. De acordo com a Sondagem Industrial,  da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice de evolução da produção industrial atingiu 48,5 pontos, abaixo dos 50 pontos, o que indica redução da produção em relação a janeiro. No entanto, o indicador está 1,8 ponto acima da média dos meses de fevereiro da série. Essa queda mais suave da produção industrial ocorreu devido ao desempenho positivo das grandes indústrias. Além disso, o indicador de evolução do número de empregados atingiu 50,3 pontos em fevereiro de 2024. Acima dos 50 pontos, o índice sinaliza que houve um avanço no emprego industrial frente a janeiro. “Vale notar que o índice ainda se encontra 1,8 ponto acima da média dos meses de fevereiro da série, que é de 48,5 pontos, ou seja, tipicamente é esperado que haja queda do emprego em fevereiro“, explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

O resultado acima dos 50 pontos foi impulsionado pelo indicador de número de empregados para grandes empresas, que atingiu 51,7 pontos no mês. Os índices paraaço capa pequenas e médias empresas mostram recuo no emprego. Mesmo assim, todos os portes tiveram um desempenho acima de suas médias históricas para meses de fevereiro, calculadas desde janeiro de 2011. O indicador de evolução do nível de estoques atingiu 49,7 pontos em fevereiro de 2024, abaixo dos 50 pontos, o que indica uma redução. Esta é a quarta queda consecutiva nos estoques. “Já são três meses com os estoques abaixo do planejado pelos empresários, o que sugere que, caso a demanda por produtos industriais aumente, haverá impacto positivo na produção industrial e no emprego. É um resultado especialmente importante tendo em vista que os estoques se mantiveram acima do planejado pelos empresários a maior parte de 2023, indicando frustração com a demanda”, explica Marcelo Azevedo.

Enquanto isso, o SEBRAE informa que no conjunto da economia, o total de postos de trabalho criados em janeiro deste ano foi de 180,3 mil – desse universo, 62% estavam nas Médias e Pequenas Empresas (MPE).  Os pequenos negócios geraram, no primeiro mês do ano, 52% mais empregos que o registrado no mesmo período de 2023. É o que mostra o levantamento feito pelo Sebrae a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foram 112 mil novas vagas contra 74 mil contabilizadas no ano passado somente nas micro e pequenas empresas. Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, os números do Caged confirmam o papel de destaque dos pequenos negócios para o país. “Os 112 mil empregos criados apenas no mês de janeiro revelam a importância das micro e pequenas empresas, as quais o Sebrae tem a responsabilidade de apoiar.  É a confirmação  de que  incluir o povo no orçamento. A atuação dasdecio lima MPE está permitindo que o Brasil possa sair rapidamente do mapa da fome. Para todos os países do continente americano, o Brasil é o gigante, o bom exemplo e o Sebrae está trabalhando junto à Organização dos Estados Americanos (OEA) e a outros organismos buscando abrir novos mercados.”

Os setores de Serviços (53.218), Construção (36.579) e Indústria da Transformação (33.181) contribuíram fortemente para a geração de empregos nas MPE. Nas médias e grandes empresas (MGE), por sua vez, os principais setores responsáveis pela criação de vagas de trabalho foram Indústria da Transformação (32.896), Serviços (21.848) e Construção (12.752). As atividades que mais contribuíram para o fomento do emprego no país em janeiro de 2024, considerando o conjunto da economia, foram: “Construção de edifícios” (20 mil vagas), “Cultivo de soja” (8,6 mil vagas) e “Cultivo de frutas de lavoura per manente, exceto laranja e uva” (7,3 mil vagas). Entre as MPE, o destaque fica com “Construção de edifícios” (15,8 mil vagas).

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