PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS DE ÓLEO E GÁS PRECISAM ACOMPANHAR EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA, AFIRMA ESPECIALISTA
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
O setor de óleo e gás tem vivido um momento especial no que se refere ao aspecto tecnológico. A digitalização veio para ficar e tem transformado a operação das grandes empresas desta indústria, como é o caso da Petrobrás. Mas as companhias de pequeno e médio porte não podem ficar à margem deste processo, conforme avalia o sócio-diretor da Ancona Consultoria, Paulo Ancona. Para o especialista, estas empresas devem, cada vez mais, usar as inovações da tecnologia, abrangendo todas as áreas e processos. “Os desafios, portanto, para as empresas menores estão em acompanhar as mudanças de gestão e tecnologia das empresas que regem o mercado e ao mesmo tempo se prepararem culturalmente e tecnologicamente para enfrentar as novas alternativas”, opinou. Ancona diz que sistemas de gestão e de acompanhamento logístico são cada vez mais fundamentais para garantia de processos operacionais, controles e, consequentemente, resultados. Neste sentido, ele acredita que as companhias “devem se atualizar no que existe de mais moderno em termos de gestão para comandarem as novas implantações necessárias”.
Quais são os maiores desafios para empresas de pequeno e médio porte no setor de óleo e gás atualmente?
São razoáveis as deficiências desse segmento em termos de disponibilidade de mão de obra especializada, equipamentos, serviços e infraestrutura. A velocidade para ajustar esses aspectos ainda é baixa. Algumas mudanças profundas ocorreram e estão ocorrendo no cenário desse segmento, que certamente será obrigado a se modernizar, especialmente frente à constante evolução tecnológica dos maiores players do mercado, que trazem maior eficiência e velocidade aos negócios e aos modelos de gestão
Assim, apesar das dificuldades de infraestrutura e custos envolvidos, existe um cenário bastante promissor.
As novas fontes de energia, de fato, se ampliam a cada vez mais serão uma realidade, mas isso não chega ainda ao ponto de reduzir a demanda de energias mais tradicionais.
Os desafios, portanto, para as empresas menores estão em acompanhar as mudanças de gestão e tecnologia das empresas que regem o mercado e ao mesmo tempo se prepararem culturalmente e tecnologicamente para enfrentar as novas alternativas.
Como superar estes desafios?
Ainda não é muito disseminada a tecnologia em larga escala nesse nicho de empresas e isso passa a ser, cada vez mais, um fator de muita importância para se manter competitivo.
Sistemas de gestão e de acompanhamento logístico são cada vez mais fundamentais para garantia de processos operacionais, controles e, consequentemente, resultados.
Para que isso aconteça é necessário, como em qualquer mudança, uma nova cultura e isso deve vir da direção das empresas, que devem se atualizar no que existe de mais moderno em termos de gestão para comandarem as novas implantações necessárias.
Quais as práticas de gestão devem ser adotadas por estas empresas para facilitar a busca por novos negócios?
Toda empresa, para obter sucesso, manter negócios e abrir novos negócios, deve ter em mente em primeiro lugar as necessidades do mercado, as mudanças de cenários e, consequentemente, o que os clientes esperam receber e de que forma.
Estar atento para as mudanças de cenário e hábitos dos consumidores é o ponto chave para definir estratégias e, em função delas, as mudanças no modelo de gestão. Uma rotina a ser adotada é análise e levantamento do mercado, como os concorrentes atuam e o que pensam. Para acelerar ações práticas, a comunicação massiva é importante e, nesses aspectos, as modernas tecnologias e aplicativos são vitais.
Quais são os pontos mais relevantes que estas empresas devem levar em conta na hora de montar o planejamento estratégico?
Como em todo planejamento estratégico, os pontos vitais são a leitura do que ocorre no mercado e segmento, a definição de estratégias, a eventual revisão de processos e implantação de melhorias, o modelo de comunicação, a avaliação de recursos necessários e, por fim, um plano de ação objetivo e exequível, que deve ser acompanhado passo a passo, e implantado por equipes capacitadas.
Devido aos acontecimentos recentes no setor, o compliance se tornou um fator fundamental para empresas que querem fechar novos negócios. De que forma as pequenas e médias devem tratar este tema?
Sim. Particularmente nesse mercado o compliance é fator fundamental para garantir a ética e, mais do que isso, para passar ao mercado e aos clientes a certeza de que estão lidando com uma empresa responsável e totalmente ética. Esse fator, atualmente, nos parece uma premissa para a abertura de novos negócios.
Quais as dicas para que as companhias destes portes alcancem maior nível de eficiência?
A principal sugestão é o uso cada vez mais profundo da tecnologia, que pode – e deve – abranger todas as áreas e todos os processos das empresas.
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