PESQUISADORA APRESENTARÁ NOVO LEVANTAMENTO SOBRE EFICÁCIA E DESAFIOS DAS REDES PETRO
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
As redes Petro são associações de pequenas e médias empresas que visam ao desenvolvimento de negócios na cadeia de petróleo e gás. Mas, em meio ao momento difícil pelo qual passa o mercado, algumas delas estão em dificuldades. Este cenário motivou a pesquisadora Wanusa Campos Centurión, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a fazer um levantamento sobre o alcance da eficácia dessas redes.“Eu ainda não fiz a tabulação de dados, mas o que percebo é que algumas redes correm o risco de fechar por falta de apoio de alguns órgãos. Outras redes dizem que existe a perspectiva da energia solar e eólica. Eles estão partindo para esse segmento e está dando certo”, explicou a acadêmica. Wanusa já conseguiu informações de 80 empresas, mas precisa que pelo menos 100 companhias respondam ao formulário para concluir o trabalho. “Eu disponibilizarei o resultado da tese e pretendo apresentar os dados até mesmo em reuniões das redes Petro. A minha defesa está prevista para março e em abril já posso fazer qualquer tipo de divulgação”, afirmou.
A senhora poderia detalhar um pouco esse projeto de pesquisa?
Eu estou fazendo doutorado na Universidade Federal da Bahia em Administração. Também sou consultora do Sebrae e presto serviços à Rede Petro de Sergipe. Eu resolvi estudar as redes Petro brasileiras, porque percebo que muitas empresas que estão nessas redes estão saindo. E muitas redes estão fechando. Enquanto isso, outras estão dando certo. A partir daí, eu gostaria de analisar a eficácia dessas redes que estão sendo bem sucedidas, analisar o que elas estão fazendo. Com esses dados, poderei fazer um estudo comparativo e mostrar que existem redes dando certo por fazerem um determinado conjunto de práticas, enquanto que outras não estão dando certo por alguma situação.
Em que fase estão os trabalhos?
A ideia é fazer uma análise comparativa da eficácia das redes Petro brasileiras sob a perspectiva de quatro dimensões: governança de rede, estrutura de relacionamento das redes, práticas gerenciais e estágio evolutivo. Atualmente, estou com 80 empresas e instituições que já responderam a pesquisa. Mas existem no Brasil cerca de 300 companhias que estão associadas às redes. Eu preciso de, no mínimo, 100 empresas para viabilizar os cálculos da pesquisa. A defesa da minha tese será em março.
A partir dos dados que já coletou até agora, ainda que sejam preliminares, quais as principais conclusões que teve sobre as redes Petro? Quais as principais dificuldades?
Eu ainda não fiz a tabulação de dados, mas o que percebo é que algumas redes correm o risco de fechar por falta de apoio de alguns órgãos. Outras redes dizem que existe a perspectiva da energia solar e eólica. Eles estão partindo para esse segmento e está dando certo. Então, a ideia é trazer as boas práticas de cada rede, a ponto de colaborar com a manutenção e o atendimento dos objetivos, que é capacitar a cadeia de fornecedores para as grandes empresas de petróleo e gás.
Como as empresas podem colaborar com sua pesquisa?
Eu gostaria de pedir para que os proprietários das empresas colaborem com a pesquisa, respondendo a um formulário (que pode ser respondido por meio deste link). São cerca de 15 minutos para responder as 61 perguntas. Essas questões são voltadas ao estudo da eficácia. Eu disponibilizarei o resultado da tese e pretendo apresentar os dados até mesmo em reuniões das redes Petro. A minha defesa está prevista para março e em abril já posso fazer qualquer tipo de divulgação.
De que forma a crise afetou as redes Petro?
Essa crise inviabilizou vários negócios e muitas empresas fecharam as portas por conta disso.
Como as redes Petro podem superar as dificuldades existentes?
Ainda não tenho o resultado da pesquisa, mas pela minha percepção, acredito que é necessário maior capacitação das empresas e verificar as oportunidades de negócio. Por exemplo, essa questão da energia solar, onde está havendo crescimento de contratos. Além disso, é preciso melhorar as práticas gerenciais da rede. Este é o caminho.
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