PETROBRÁS ACOMPANHA SITUAÇÃO NA UCRÂNIA PARA DECIDIR SOBRE REAJUSTE DE COMBUSTÍVEIS
A disparada do preço do barril de Brent em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia fez acender o alerta no Brasil sobre possíveis aumentos no preço dos combustíveis. O diretor executivo de Comercialização de Logística da Petrobrás, Cláudio Mastella (foto), disse que a empresa vai avaliar os impactos da alta volatilidade dos preços no mercado internacional antes de tomar uma decisão sobre reajustes nos derivados.
Se por um lado o barril teve uma alta valorização desde o início da crise da Ucrânia, por outro o dólar tem perdido força frente ao real nos últimos dias. Por isso, a Petrobrás tem conseguido manter os preços médios de diesel e gasolina estáveis desde o dia 12 de janeiro. No momento em que essa reportagem foi publicada, o barril Brent estava sendo negociado a US$ 95,80, enquanto o dólar estava cotado a R$ 5,10.
Durante entrevista coletiva na tarde de hoje (24), para comentar os resultados financeiros da companhia no quarto trimestre de 2021, a diretoria da empresa afirmou que a crise na Europa pode gerar um impacto significativo nos custos de gás natural liquefeito (GNL) por conta dos gastos com regaseificação.
“Não vemos risco na questão de movimentação de carga (de GNL) para atender aos nossos compromissos contratuais, o que nós vemos, sim, é um impacto bastante significativo em custo”, disse o diretor-executivo de Refino e Gás Natural da petroleira, Rodrigo Costa. O executivo disse que prevê movimentações de precificações de GNL voltando ao patamar de 30 dólares por milhão de BTU, que seria o equivalente a cerca de 300 dólares por barril. “[São] patamares extremamente elevados que trazem onerosidade maior ao custo de regaseificação”, acrescentou.
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