PETROBRÁS ALCANÇOU RECORDES E ALTA DE 5% EM SUA PRODUÇÃO DURANTE O SEGUNDO TRIMESTRE
A Petrobrás encerrou o segundo trimestre de 2025 com crescimento na produção de óleo, gás natural e LGN, atingindo uma média de 2,91 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed). O volume representa um aumento de 5% em relação ao primeiro trimestre do ano e foi impulsionado principalmente pela entrada em operação de novas plataformas e pelo ramp-up de unidades no pré-sal.
Entre os destaques do período está a produção total operada pela companhia, que chegou a 4,19 MMboed — superando o recorde anterior de 4,05 MMboed registrado no quarto trimestre de 2023. A produção própria no pré-sal também bateu recorde, alcançando 2,39 MMboed no trimestre.
Um dos marcos mais simbólicos foi a performance dos sistemas do campo de Mero, na Bacia de Santos, que ultrapassaram a marca de 600 mil barris de óleo por dia em 6 de julho, considerando a produção operada. O avanço foi possível graças à entrada em operação de 14 novos poços produtores — sete na Bacia de Santos e sete na Bacia de Campos — e ao desempenho das novas plataformas.
O FPSO Alexandre de Gusmão, quinta unidade instalada em Mero, iniciou sua produção em 24 de maio, antecipando o cronograma previsto no plano de negócios da estatal. A plataforma tem capacidade para produzir 180 mil barris de óleo por dia, além de comprimir e reinjetar até 12 milhões de metros cúbicos de gás diariamente. O primeiro poço injetor entrou em operação em 25 de junho, apenas 32 dias após o início da unidade.
Outro destaque foi o FPSO Marechal Duque de Caxias, também em Mero, que atingiu seu pico de produção — 180 mil barris por dia — com apenas quatro poços em operação, no dia 19 de maio. A unidade terá, ao todo, 15 poços: oito produtores e sete injetores de água e gás.
Apesar do crescimento, o trimestre também registrou aumento nas perdas por paradas e manutenções, além do declínio natural de campos maduros.
EXPANSÃO NO REFINO E RECORDES DE PRODUÇÃO DE DERIVADOS
No segmento de refino, a companhia também avançou. O destaque foi o início da operação do novo HDT (Hidrotratamento) da Refinaria de Paulínia (REPLAN), em 27 de maio, que aumentou a capacidade da unidade em até 63 mil barris por dia (mbpd) de diesel S-10 e 21 mbpd de querosene de aviação (QAV). Com isso, a refinaria poderá converter integralmente sua produção de diesel para o tipo S-10, contribuindo para a eliminação do diesel S-500 e para a redução das emissões de enxofre.
No total, a produção de derivados no trimestre alcançou 1.730 mbpd, alta de 1,4% em relação ao trimestre anterior. O volume de diesel atingiu 680 mbpd, com crescimento de 2,4%. A Refinaria Henrique Lage (REVAP) bateu recorde trimestral de produção de diesel S-10, com 44 mbpd, enquanto a REPAR (Presidente Getúlio Vargas) registrou recorde histórico de produção de gasolina no primeiro semestre, com média de 65 mbpd.
As vendas no mercado interno também subiram 1% no trimestre, com destaque para gasolina, gás liquefeito de petróleo (GLP) e nafta. Mesmo com paradas programadas importantes nas refinarias REPLAN e REFAP, a estatal manteve alto rendimento de derivados médios (diesel e QAV) e gasolina, que representaram 68% da produção total no trimestre.
Outro feito relevante foi o novo recorde de processamento de petróleo do pré-sal no primeiro semestre de 2025: 72% do total processado nas refinarias da companhia teve origem nessas reservas, superando os 68% registrados no mesmo período de 2024. A utilização crescente do óleo do pré-sal reforça a estratégia da estatal de gerar derivados de maior valor agregado com menor impacto ambiental.
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