PETROBRÁS APONTA LIMITE DE PREÇO DO BARRIL VIÁVEL PARA O PRÉ-SAL ENTRE US$ 45 E US$ 52

A discussão sobre os impactos do preço do barril nos planos da Petrobrás é longuíssima. São muitas as variáveis incluídas na questão, como já abordado pelo Petronotícias, mas até agora a empresa não tinha deixado claro, oficialmente, qual era o break even (preço mínimo do barril a partir do qual a produção é economicamente viável) para o valor do barril produzido no pré-sal. Agora a empresa decidiu abrir os números. O valor que mantém a produção viável seria acima de US$ 52, levando-se em conta os investimentos em gasodutos.

“A companhia informa que o break even planejado no momento em que foram aprovados os projetos de produção do pré-sal, situava-se no entorno de US$ 45 por barril, incluída a tributação e sem considerar os gastos com infraestrutura de escoamento de gás. Ao considerá-los, esse valor pode aumentar entre US$ 5 e US$ 7 por barril”, informou a estatal em comunicado à imprensa.

A empresa ainda argumentou que a alta produtividade dos poços na camada do pré-sal podem reduzir esses custos em alguns casos, citando os campos de Sapinhoá e de Lula, mas sem dar detalhes do custo por barril em cada projeto.

De acordo com a companhia, o break even apontado leva em consideração uma vazão de poços entre 15 e 25 mil barris por dia, sendo que atualmente a Petrobrás produz no pré-sal a uma vazão média de 20 mil barris por dia.

“Alguns poços da Bacia de Santos têm alcançado vazão superior a 30 mil barris de óleo por dia, com efeito positivo na economicidade dos projetos”, explicou a empresa, informando que as unidades piloto de produção do FPSO Cidade de São Paulo, no campo de Sapinhoá, e FPSO Cidade de Paraty (foto), instalado no campo de Lula, atingissem a sua capacidade máxima de produção, de 120 mil barris por dia, com apenas quatro poços produtores interligados a cada uma delas.