PETROBRÁS APRESENTOU LUCRO DE R$ 18,9 BILHÕES NO SEGUNDO TRIMESTRE
Impulsionada pelo valor recebido com a venda da TAG, a Petrobrás conseguiu um excelente desempenho financeiro no segundo trimestre do ano, conforme já era esperado por analistas. O lucro líquido da companhia no período chegou a R$ 18,9 bilhões – 4,6 vezes superior ao valor registrado no trimestre anterior. O presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, cita também outros fatores que puxaram o resultado para cima, como preços do petróleo, taxa de câmbio BRL/USD e os chamados “crack spreads” (diferencial entre o preço do petróleo bruto e dos produtos petrolíferos extraídos do mesmo).
Desconsiderando-se os efeitos dos itens não recorrentes (como o desinvestimento de ativos), o lucro líquido da Petrobrás foi de R$ 5,2 bilhões. Conforme já noticiamos, a venda de ativos neste ano já rendeu R$ 15 bilhões aos cofres da estatal. “Necessitamos dos serviços de ativos de midstream, mas não necessitamos ser seus donos. A ideia é ser uma asset-light company no midstream e uma world-class asset heavy company na exploração e produção de petróleo e gás, maximizando o retorno de cada dólar investido”, afirmou o presidente.
A Petrobrás também afirmou que sua dívida líquida continuou em queda, fechando o período em US$ 83,7 bilhões – redução de US$ 11,9 bilhões em relação ao trimestre anterior. No trimestre, houve amortização de US$ 2,2 bilhões, com novas captações de US$ 488 milhões. O volume de caixa registrado foi US$ 17,4 bilhões e, segundo Castello Branco, isso se deve ao fato dos recursos originados pela venda da TAG terem sidos recebidos nos últimos dias de junho. “Com efeito, trata-se apenas de uma fotografia em determinado dia e o excesso de caixa está sendo utilizado, sendo nosso objetivo manter um caixa de US$ 6,6bilhões”, explicou. “Assim, é prevista diminuição da dívida bruta no 3T19”, complementou.
Em comunicado ao mercado, Castello Branco também anunciou que o programa de desligamento voluntária (PDV) da Petrobrás focado em aposentados e aposentáveis já contava com 1.560 adesões até o final de julho, sendo que vários empregados já estão em processo de desligamento da companhia.
O executivo também trouxe um novo dado sobre a TAR (taxa de acidentes registráveis), que caiu para 0,88 – abaixo da média da indústria de petróleo e gás e do próprio limite de alerta da companhia. O presidente ressaltou também que a petroleira está conseguindo reverter a tendência de alta do número de furtos de combustíveis em dutos. “Após o pico de 261 furtos em 2018, nos primeiros sete meses deste ano estamos com uma frequência de 174 em termos anualizados, mesmo sem que o programa Pró-Dutos tenha sido implementado”, detalhou.
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