PETROBRÁS APROVA VENDA DE 25% DOS ATIVOS DA BR DISTRIBUIDORA
A abertura de capital da BR Distribuidora começa a se consolidar e tomar formas mais concretas. O Conselho de Administração da Petrobrás aprovou nesta semana a venda de ao menos 25% de sua subsidiária, em projeto que pode se ampliar e que vem comprovando as tendências à privatização para os próximos anos. A porcentagem aprovada é referente à oferta pública de ações do capital social da empresa, valor ao qual poderão ainda ser somados outros lotes adicionais. O projeto de venda da companhia, estimada em até R$ 40 bilhões, foi aprovado com voto contrário do presidente do Conselho da companhia, Murilo Ferreira (foto).
Os ativos da BR Distribuidora vêm recebendo grande foco da administração da Petrobrás, que enxerga na venda uma grande perspectiva de captação financeira em meio ao momento de crise. As especulações acerca da oferta da empresa projetavam fatias ainda maiores, mas a porcentagem apresentada ao mercado pode ainda aumentar ao longo do processo de venda.
Além de Ferreira, também se posicionou contra a venda o representante dos trabalhadores no Conselho, Deyvid Bacelar. Segundo ele, novas parcerias podem trazer maiores retornos do que a venda de ativos da companhia. O presidente do Conselho, por sua vez, defende que outros detalhes contratuais precisam ser decididos antes que a oferta se concretize.
A subsidiária, responsável pela distribuição de combustíveis da Petrobrás, possui atualmente uma rede de 7,5 mil postos de serviços em todo os estados brasileiros e abastece 10 mil grandes clientes da indústria. Com a oferta dos ativos ao mercado, a estatal começa a dar uma forma mais concreta ao seu novo plano de negócios, que prevê a realização de grandes desinvestimentos e novos passos a caminho de um processo mais amplo de privatização.
VENDA DA BR – PRIVATIZAÇÃO BRANCA NA PETROBRAS – EXISTE ALTERNATIVA? O plano de desinvestimento de 13,7 bilhões de dólares definido pela Petrobras para o biênio 2015/2016 passa a ser a última alternativa a Estatal na obtenção dos recursos complementares para garantir o equilíbrio financeiro nesse período de forma a tocar seus empreendimentos no Presal em ritmo menos acelerado daquele previsto inicialmente no seu plano de negócio. Neste contexto, o impacto decorrente do assalto aos cofres da Estatal fruto do aparelhamento político engendrado pelo PT a partir do primeiro mandato do Lula foi peça fundamental para as Finanças da Petrobras… Read more »