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PETROBRÁS APURA QUE NÃO HOUVE IRREGULARIDADES NO CASO SBM, MAS O CLIMA NA EMPRESA É DE TENSÃO

orlandoO clima interno na Petrobrás está de barata voa. Muita fofoca nos corredores e  temor entre funcionários graduados, preocupados com uma onda de insegurança que varre a empresa causada por denúncias recentes de corrupção. A primeira vítima foi o ex-presidente da Petrobrás América, Orlando Azevedo (foto), funcionário com quase 40 anos de empresa, que estava na direção comercial da TAG – Transportadora Associada de Gás – subsidiária da Petrobrás. Nenhuma acusação formal foi feita contra ele, mas ainda assim foi anunciada a sua demissão. Foi jogado na arena das suspeições apenas por ser primo do ex-presidente da companhia Sergio Gabrielli. Orlando nem era o presidente da Petrobrás América no desenrolar da venda da refinaria. Todos na empresa sabem que ele não teve a menor ingerência sobre a compra da refinaria de Pasadena e muito menos na decisão de levar a arbitragem para a justiça. A decisão e a responsabilidade final pertencem ao Conselho de Administração da estatal, que reúne um grupo de seleto de pessoas e era presidido por Dilma Rousseff. A saída de Azevedo foi justificada pelo Diretor de Gás, José Alcides Santoro, como uma mudança de caráter gerencial rotineira. Se isso for mesmo verdade, o momento foi o mais inoportuno possível, porque lançou sobre ele uma suspeita sem comprovações. O clima de caça às bruxas torna o ambiente da companhia tenso, e está paralisando quase todas as decisões gerenciais importantes.

Em tempo recorde de apuração, a Petrobrás anunciou nesta segunda-feira que concluiu as investigações sobre as denúncias de irregularidades  e pagamentos de suborno a empregados da companhia, incluindo seu diretor de engenharia, José Antônio de Figueiredo, que era o principal acusado no caso da SBM Offshore. A empresa anunciou que não encontrou fatos ou documentos que evidenciem pagamento de propina a seus empregados. O relatório final será encaminhado a Controladoria Geral da União, ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Federal.

No mesmo comunicado, a estatal informa que instalou uma auditoria interna para apurar se houve irregularidades na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas. A comissão foi constituída no dia 24 de março, seis anos depois das negociações da compra da refinaria no Texas.  A comissão tem 45 dias para apresentar suas conclusões.

A polêmica veio à tona em fevereiro deste ano, quando a mídia holandesa publicou reportagem levantando suspeitas de pagamento de propinas pela SBM à Petrobras. Segundo denúncia de um ex-funcionário da SBM, a companhia mantinha um esquema de suborno em vários países para obter vantagens em contratos de afretamento e operação de plataforma, que teria alcançado a cifra de US$ 250 milhões. Desses, US$ 139 milhões teriam sido repassados à Petrobrás. A SBM é uma empresa que aluga e opera plataformas no mundo inteiro, um serviço que é frequentemente requisitado por grandes petroleiras.

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Petrobras
Petrobras
11 anos atrás

Orlando foi o profissional mais correto e honrado que já conheci. Uma coisa é a busca necessária pela justiça, outra coisa é a generalização da esculhambação. Se a Petrobras tivesse mais 100 Orlandos, não estaria na situação atual em que se encontra.

Christiane Freire Gari
Christiane Freire Gari
11 anos atrás
Responder para  Petrobras

Lamentavel que um profissional como Jose Orlando de Azevedo, ha mais de 40 anos na estatal , com uma conduta integra tenha sido atingido de forma leviana dentro de um contexto totalmente alheio a sua forma de ser, pensar e agir, sem que, no minimo apresentassem uma prova. Deixo aqui a minha indignacao, esperando que isso seja esclarecido pela empresa o mais rapido possivel e que venha a retratar-se publicamente perante a imprensa para que nao paire duvida a respeito da reputacao de Jose Orlando de Azevedo.
Chritiane M.Freire Gari
Houston, Texas – USA

ASSIS PEREIRA
ASSIS PEREIRA
11 anos atrás

Aqueles, que lidaram, direta ou indiretamente com o Engº Orlando Azevedo podem atestar sua conduta proba nas atividades exercidas na Estatal quando sob seu comando. Se os motivos que levaram a direção da estatal a destituí-lo do cargo for atribuido a condição omissa do Engenhero ao Negocio envolvendo a aquisição de Pasadena, seja por ordenamento interno da Corporação ou de Brasília, deveriam igualmente determinar a destituição dos cargos da Presidente, da Diretoria e do Conselho de Administração da Petrobras; do Corregedor Geral da União, do Presidente do Tribunal de Contas da União, do delegado da Policia Federal, dos representantes da… Leia mais »