Braskem
faixa - nao remover
Assim Saúde

PETROBRÁS AVALIA ROTAS PARA NOVO DUTO QUE INTERLIGARÁ SÃO PAULO E MATO GROSSO DO SUL, COM FOCO NO AGRO

petrobrasA Petrobrás estuda três rotas para viabilizar o novo duto de 2.030 quilômetros que pretende construir para atender ao Centro-Oeste, mas ainda trabalha para escolher qual a melhor alternativa. O projeto, que prevê o transporte de biocombustíveis entre São Paulo e Mato Grosso do Sul, faz parte do Plano Estratégico 2025-2029 da companhia.

gerente executivo de Comercialização no Mercado Interno da Petrobrás, Daniel Sales Correa, participou hoje (10) do painel “Desenvolvimento da Infraestrutura Dutoviária para o Centro-Oeste Brasileiro”, na Rio Pipeline & Logistics. Segundo o executivo, o novo duto receberá mais de R$2 bilhões em investimentos. “A Petrobrás quer ser parceira do agro, oferecendo mais uma rota para escoar a produção do Centro-Oeste”, afirmou, destacando que o milho é a matéria-prima estratégica para os novos projetos de biorrefino da estatal, como a produção de Combustível Sustentável de Aviação (SAF).

Ainda de acordo com Correa, a Petrobrás pretende reforçar sua presença nacional, posicionando-se como um fornecedor relevante de produtos de maior qualidade para o mercado interno, ao mesmo tempo em que avança na agenda de descarbonização.

A necessidade do novo duto foi reforçada por outros executivos no painel, que apontaram o descompasso entre a infraestrutura atual e a demanda crescente da região. Bruno Ebecken, gerente executivo de Manutenção, Integridade e Eficiência Operacional de Dutos e Terminais da Transpetro, destacou que o atual oleoduto OSBRA, com 962 km, foi pensado para um mercado de 1996 e hoje opera com capacidade reduzida entre Paulínia (SP) e Brasília (DF). “A produção de etanol de milho hoje está muito alta. Os volumes já superaram os de derivados“, disse Ebecken.

Moderado por Marcelino Guedes, diretor da PipelineBrazil, o painel também abordou o desafio de expandir o fornecimento de gás natural para a região, já que cidades como Brasília ainda não são abastecidas. Helder Ferraz, diretor Comercial e Novos Negócios da NTS, explicou que a expansão da malha de gás para o Centro-Oeste depende da solução de gargalos na infraestrutura do Sudeste. Com o declínio da oferta boliviana, o sistema atual enfrenta pressões, e ampliar o transporte a partir do Rio de Janeiro exige modernização regulatória, agilidade no licenciamento ambiental e novos investimentos.

Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários