PETROBRÁS COLOCA À VENDA QUASE 34% DAS AÇÕES DA BR DISTRIBUIDORA PARA SAIR DO CONTROLE DA COMPANHIA
O antigo Slogan das Petrobrás “Do Poço ao Posto” aos poucos vai perdendo a cor. Para muitos, a companhia não deveria vender seus ativos. Para outros, a estatal precisa emagrecer e vender as empresas que não fazem parte do coração de seus negócios. Nesta quarta-feira(4), a Petrobrás informou que vai colocar a venda até 33,75% das ações da BR Distribuidora, uma de suas subsidiárias e espera arrecadar quase R$ 9,5 bilhões. Os detalhes da oferta de ações foram divulgados com o lançamento do prospecto da operação. A BR Distribuidora é considerada por muitos como a galinha dos ovos de ouro por ser a maior revendedora de combustíveis do país. A defesa da ideia de quem quer vender a empresa é levantar recursos para pagar dívidas e focar na exploração do pré-sal.
Em 2017, na Era Pedro Parente, a companhia já havia vendido quase 29% das ações da BR, arrecadando cerca de R$ 5 bilhões Agora, em oferta secundária, a companhia oferece entre 25% e 33,75% das ações. A avaliação da gestão das empresas é que, sem controle estatal, empresa ficará mais dinâmica para competir. A oferta, que será realizada no final do mês, foi dividida em três etapas. Na primeira, serão ofertadas 25% das ações. Com a venda deste lote, a Petrobrás já passa a ser minoritária na distribuidora, com uma fatia de 46,25%. Outros dois lotes, equivalentes a 3,75% e 5% do capital da companhia, serão oferecidos se houver demanda. Assim, segundo a estatal, a oferta de ações pode lhe render entre R$ 7 bilhões e R$ 9,4 bilhões, já descontados os custos da operação.
A oferta de ações da BR será coordenada pelos bancos JP Morgan, Citigroup. Bank of America Merril Lynch, Credit Suisse, Itaú BBA e Santander Brasil. A operação foi aprovada pelo conselho de administração da Petrobrás em maio. Maior distribuidora de combustíveis do país, a BR está presente em todos os estados, com 27,4% de participação no mercado. Conta com uma rede de 7.703 mil postos de gasolina, 95 unidades operacionais e atuação em 99 aeroportos. Em 2018, a empresa faturou R$ 97,8 bilhões, com lucro de R$ 3,2 bilhões.
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