PETROBRÁS CONSIDERA CHANCE DE TER RESERVATÓRIOS DE PRÉ-SAL EM BLOCOS COMPRADOS NA 14ª RODADA
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
A 14ª Rodada foi marcada por dois grandes lances feitos pelo consórcio formado por Petrobrás e ExxonMobil. As empresas pagaram R$ 2,2 bilhões pelo bloco C-M-346 e R$ 1,2 bilhão pelo bloco C-M-411. Em conversa com os jornalistas após a licitação, o presidente da estatal, Pedro Parente, afirmou que existe a possibilidade destas áreas possuírem reservatórios do pré-sal e destacou o critério de seletividade da empresa na hora de escolher onde investir. “Vocês tem que lembrar que a Petrobrás detém o maior conjunto de informações sobre o offshore brasileiro. Portanto, vocês haverão de convir que não pagaríamos o valor que pagamos se não tivéssemos informações do valor dessas áreas“, disse. Ele também indicou que a Petrobrás continuará aplicando novos recursos, levando em conta seu programa de investimentos de US$ 75 bilhões. “É um programa que leva em consideração todas as variáveis importantes, inclusive a necessidade de reduzir nossa dívida, que não é pequena. Isso nos permite, dentro do critério de seletividade, continuar investindo para assegurar a posição de liderança da Petrobrás“, explicou.
Porque a Petrobrás teve tanto interesse nos blocos ofertados na Bacia de Campos?
Nós sempre dissemos, e vocês são testemunhas disso, que seríamos seletivos e que consideraríamos o conjunto de ofertas nos leilões. Esta é uma área que teve Shell, Repsol, CNOOC, Total, BP e Karoon como competidoras. Empresas de primeiro quilate das companhias globais. Então, isso demonstra o valor desses blocos que estavam sendo leiloados. Nós fomos realmente seletivos.
Não ganhamos todas, perdemos um bloco (C-M-37). Isso demonstra que estamos pagando aquilo que realmente vale. Portanto, tivemos seletividade, em função das informações que temos, do valor deste bloco. E a necessidade de termos excelentes blocos para a exploração e produção de maneira a manter adequada a relação entre reservas e produção, levou a este resultado. Então, no meu modo de ver, não teve surpresa.
Quando entramos em um processo como esse, ninguém sabe o lance que o outro irá dar. O que é fundamental nesse trabalho é saber qual o nosso limite. E avaliar qual vai ser o nível de competição que teremos nesse leilão. Vocês viram que a 14ª rodada foi o leilão com mais competição que tivemos até aqui, com empresas de primeira grandeza no cenário internacional. Realmente, considerando esse limite daquilo que poderíamos pagar, juntamente com nosso parceiro, nós fomos e ganhamos.
Qual principal atrativo destes blocos?
Vocês tem que lembrar que a Petrobrás detém o maior conjunto de informações sobre o offshore brasileiro. Portanto, vocês haverão de convir que não pagaríamos o valor que pagamos se não tivéssemos informações do valor dessas áreas. Eu quero chamar a atenção também para o fato de que nosso parceiro é a ExxonMobil, que é, nada mais, nada menos, a maior empresa de óleo e gás do mundo, falando das companhias abertas, claro.
Existiria a chance de ter pré-sal nessas áreas?
É uma possibilidade, pois está próxima às áreas do pré-sal. Nós vamos aprofundar no momento da exploração. Ainda é impossível falar de barris de petróleo que existem nesses blocos. Claro que existem estimativas, mas isso faz parte de um conjunto de informações estratégicas da empresa.
De que forma as mudanças na regra de conteúdo local impactaram?
Sua pergunta é muito boa não apenas por conta das mudanças de conteúdo local, mas por todo o conjunto de medidas que o governo adotou para melhorar o quadro regulatório. Sem dúvida nenhuma, o tema de conteúdo local é importante.
Como a empresa pretende investir no futuro?
Nós temos um programa de investimento para os próximos cinco anos, contando com 2017, no valor de US$ 75 bilhões. É um programa que leva em consideração todas as variáveis importantes, inclusive a necessidade de reduzir nossa dívida, que não é pequena. Isso nos permite, dentro do critério de seletividade, continuar investindo para assegurar a posição de liderança da Petrobrás.
O fato da Petrobrás ter entrado como operadora no consórcio com a Exxon atendeu a alguma imposição da empresa americana?
Não existe possibilidade de imposições quando você constrói uma parceria. Sem dúvida nenhuma, a discussão com uma empresa do porte, qualidade e excelência da Exxon, deve ser feita levando em conta os prós, contras e conveniências dos dois lados. Naturalmente, a experiência que a Petrobrás tem na operação no Brasil contou [para essa decisão]. Então, na conversa com os parceiros, chegou-se a conclusão de que, nesse momento, seria adequado a Petrobrás ser operadora.
Nós sempre temos uma relação de conversas dentro do setor. As conversas com a Exxon são as mesmas que mantemos com as demais companhias. Então, não é surpresa que tenhamos alcançado esta parceria para este leilão.
Esse consórcio seria um sinal de que as duas companhias serão parceiras nos leilões do pré-sal, em outubro?
Não posso comentar nada sobre a 2ª e 3ª rodadas de partilha. Mas vamos lembrar que a Petrobrás tem o direito de preferência e já manifestou este interesse para três das oito áreas que estão sendo disputadas. Isto mostra a seletividade para nossos investimentos. Aquilo que for necessário para manter uma relação adequada entre reserva e produção, vamos manter.
Como não sabemos o preço dos outros participantes fica difícil dizer se a BR pagou muito pelos lotes da BC. Parece que pagou entretanto a BR conhece muito bem a BC. Não está muito bem explicado foi o valor pago pleo lote da Bacia do Paraná. Fineza questionarem este item com o presidente da BR.
Tendo acesso ao processo na ANP podemos ver que a BR não fez uma boa aquisição. A BR mergulhou em todos os processos da qual foi vencedor. Dá para desconfiar que a BR quis alavancar o Governo piorando as contas que já estão no vermelho.
É absurdo o valor pago pela BR no bloco PAR-T-175. Pagou R$ 1699771,75 quando podia ter pago o lance mínimo. Sabemos que não deve ser tão simples assim. Quando o gerente de baixo erra é uma quizumba muito grande . Como fica este caso?
A afirmação de Pullen Parente é uma verdadeira imbecilidade sob o ponto de vista geológico. Como nos blocos adquirido a espessura de sal ou evaporitos é mui grande é óbvio que não existem reservatórios do pós-sal pois além do sal ter impedido a ascensão do óleo para os reservatórios superiores, os reservatórios do pós sal não estão presentes pois o soerguimento do sal eliminou a formação de bacias e dos depósitos nesta idade. Assim é mui pouco provável que existam reservatórios e quase impossível que existam com espessuras econômicas. O grande problema na área na franja externa ao polígono do… Read more »
ué, cade o pessoal que reclama que a atual gestão somente quer vender a Petrobras? que não quer investir na exploração? que deixa tudo para estrangeiros, etc ?
A Petrobras de P Parente na contramão privatista: a estatal petroleira não arrematou blocos no leilão promovido pela ANP por questões técnico-econômica, mas para atender nefastos interesses do desesperado presidente TEMER para equilíbrio das vilipendiadas contas públicas.
O P.Pullen Parente já acertou ad referendum uma forma de compensar seu parceiro através dos diversos negócios conexos que mantem com a estatal para a aquisição bilionária do bloco sem grandes significância, por ordenamento do Temer. Pode ter certeza que essa composição ilícita e bilionária vai mais a frente ser denunciada no melhor estilo da Lava Jato.
Boa noite, além da privatização da petrobras será que os nossos empregos também irão para os gringos?
Alguém tem dúvidas?
Eu não tenho!