PETROBRÁS DEFINE RUMO DAS PLATAFORMAS P-75 E P-77 NA QUARTA, MAS SÓ MILAGRE PODE MANTÊ-LAS NO BRASIL
É triste para o Brasil, mas ao que tudo indica só um milagre para que as plataformas P-75 e P-77 continuem a ser construídas no País. Alegria mesmo só na China e na direção de engenharia da Petrobrás, que vai dar um chute no traseiro do compromisso alardeado pela própria presidente Dilma Rousseff, que defendeu o conteúdo nacional e elogiou o trabalho executado pelos estaleiros nacionais. A decisão final da Petrobrás deverá ser oficializada na quarta-feira (10). O prefeito da cidade de Rio Grande (RS), Alexandre Lindenmeyer (foto), reuniu uma comitiva de políticos e empresários impactados pela paralisação das obras nos canteiros do consórcio QGI, e se encontrou nesta segunda-feira (8) com o diretor de engenharia da Petrobrás, Roberto Moro, e o gerente executivo que mais defende a exportação dos empregos brasileiros para a China, Marco Túlio Machado. A comitiva tentou sensibilizar a empresa, mas deixou a cidade com poucas esperanças. “Na prática, a corda está praticamente arrebentada, falta muito pouco”, lamenta Lindenmeyer, ressaltando que ainda há a previsão de uma nova reunião entre o consórcio e a estatal na quarta, mas reconhece que dificilmente se chegará a um acordo.
“Nós reiteramos nossa manifestação com todos argumentos justificando o quanto é importante para a cidade, para a indústria naval, para as empresas e os fornecedores envolvidos, mas vemos que a probabilidade de serem mantidas em Rio Grande é remota”, diz.
A decisão da Petrobrás dificilmente será mudada e deixa mais uma vez uma grande interrogação no ar para toda a indústria de petróleo nacional, que uma hora ouve a presidente do País defendendo a política de conteúdo local, exaltando suas conquistas e suas bandeiras, mas algumas semanas adiante vê a principal empresa do Brasil, controlada pelo Estado, fazendo exatamente o contrário. Além de um presente para os chineses, é também uma lição dos orientais, que passam por todos os cantos sem grandes discursos, mas não param de conquistar projetos e empregos.
A relicitação das plataformas, além de acabar com milhares de postos de trabalho no Brasil, vai gerar também um enorme prejuízo para uma série de fornecedores, que assumiram compromissos, investiram em capacitação e na entrega de bens e serviços, mas não verão o retorno do tempo e do capital aplicado. Restam-lhes apenas o prejuízo e os lenços para enxugar as lágrimas.
Fora isso, a própria Petrobrás terá não só um prejuízo com os valores já repassados, mas também uma postergação de prazo bastante além do que o esperado com a manutenção dos projetos no Rio Grande, já que terá que começar tudo do zero.
Lindenmeyer destaca que a região contava com cerca de 20 mil empregos antes de ser afetada pela atual crise do setor de óleo e gás, mas agora não chega nem a 9 mil, com poucas perspectivas de dar a volta por cima.
“As plataformas representariam uma reversão significativa desse cenário, com uma previsão de gerar de 2.000 a 2.500 empregos diretos e mais 2.000 a 2.500 indiretos. Além disso, havia três empresas predispostas a se instalarem na cidade caso as plataformas fossem mantidas, o que geraria ainda mais empregos”, diz.
O encontro incluiu, além do diretor Moro, o gerente executivo da engenharia da Petrobrás, Marco Túlio Machado, mas não contou com a presença de representantes do consórcio QGI, que estiveram com a comitiva numa outra reunião, realizada mais tarde. Após se encontrar com os executivos do consórcio, Lindemeyer teve a mesma impressão de que as coisas dificilmente mudarão, mas ainda pretende se movimentar para que a reunião de quarta-feira tenha algum resultado diferente do esperado.
“Entendemos que são relações bilaterais entre empresas, mas há uma política de conteúdo nacional que acabará sendo impactada e uma comunidade em que muitos se envolveram para se colocar na posição de fornecedores de bens dessa cadeia produtiva. Então é um quadro que nos deixa muito apreensivos, preocupados, porque o efeito que isso traz na comunidade, na região e na própria política industrial para o setor naval é grave”, afirma.
A raiz do problema é a diferença que acontece entre o projeto básico e o projeto definitivo, um problema repetido às dezenas. Há meses o consórcio QGI vem alertando a Petrobrás sobre a necessidade de se fazerem alguns ajustes e aditivos para que o projeto seja economicamente viável. Há centenas de equipamentos já entregues por dezenas de empresas fornecedoras que nada têm a ver com o processo e que estão sendo penalizadas pela falta de entendimento entre a Estatal e o consórcio. Além do desemprego na região, haverá a consequência da inadimplência com esses fornecedores de peças e equipamentos, que já foram entregues e/ou encomendados e ainda não quitados. Um outro problema que a estatal não quer saber e, até onde se sabe, vai simplesmente lavar as mãos.
Uma pena, mas só quem tinha falsas ilusões que acreditava que as plataformas seriam feitas aqui. Agora este grande diretor Ching Ling, esta muito empenhado em levar as obras para a China, até parece que tem alguém ganhando algo por fora, ou talvez seja até pelo empréstimo que a China efetuou. A todo caso, cada dia mais matam nossos estaleiro, aqui em Rio Grande esta cada vez mais triste, todos os dias são demitidos aos baldes, e sem a QGI a unica esperança e a Engevix que mal esta se aguentando. Mais uma X nossa Sra. Presidente nos ferrando, pois… Read more »
Meu amigo, este contrato de empréstimo com a China, o Brasil tem que gastar 60% desse valor na China. você acho que o Chinês e bobo igual aos Brasileiros.
Tudo isso esta amarrado no contrato, por isso essa pressão do governo em mandar as plataformas para eles e mas alguma coisa.
Willian,
Graça Foster em dezembro/2014, teria dito a mesma coisa.
A chamada Sessão Onerosa (P74, P75, P76 e P77), já estava com seus prazos estourados muito antes da P74 chegar ao Brasil. O resto, consequências desastrosas de políticas equivocadas e a falta da gestão com responsabilidade.
Mais uma decisão infeliz desta atual “sub” diretoria 82GNda Petrobras. Para ver a competência do gerente executivo, responsavel por transferir os projetos para China, basta ver a situação da P58 e P62, projetos que ele foi responsável.
AGORA NÃO ADIANTA CHORAR , FOI VOTAR NO PT SE FUDEU
Tá bom obrigado Dilma Rousseff. Agora chega de PT.
É LAMENTÁVEL,pois todos os trabalhadores metalúrgicos de rio grande tinham ainda esperança que as plataformas P-75 e P-77 fosse construidas aqui na região sul,a cidade estava empenhada para continuassem os empreendimentos,fica um ponto de Interrogação e o governo não se manifesta em nada cadê a nossa PRESIDENTA, a pergunta que faço o que será dos trabalhadores metalúrgico das famílias desses trabalhadores que estão pagando o preço da corrupção do Pais.
Só não fica se a empresa brasileira estatal quiser gerar mais desemprego. porque o que mais se viu até agora é desperdício de dinheiro pagando propinas, desviando dinheiro e etc. mas para manter o trabalho de brasileiros ai não pode. se fosse uma empresa privada até se entenderia, mas uma estatal. porque o governo não dá subsidios as empresas construturas para baixar o preço pra petrobras, como costumam fazer com o que interessa? só a má vontade d governo PT fazer esta trairárem com os empregados dos polos navais brasileiros.
Trabalho desde 2007 nos estaleiros em Rio Grande e fico frustrado em saber que o sonho acabou.
Início de 2014 fizeram comentários que este polo naval não iria continuar e achei isto uma enorme bobagem, agora dou razão a pessoa que me transmitiu esta informação.Votei no PT esperando que os estaleiros permanecessem em Rio Grande.Foi um verdadeiro estelionato eleitoral e uma enorme traição o que este partido fez com a cidade de Rio Grande e com o povo brasileiro.
Não podemos nos esquecer dos mais de meio bilhão de dolares (o valor é esse mesmo) que a Petrobras já desembolsou e que será teanaformado em prejuizo.
A pergunta é: Quem vai pagar este prejuizo se indiretamente nós também somos donos da Petrobras?
se o prefeito do PT eventual candidato a reeleição não conseguiu, se a Dilma e Lula do PT com promessas não cumpridas ao povo de Rio Grande do Sul se o CREA não se manifesta em prol de suas categorias de técnicos e engenheiros, o que falar para nossos universitários da área naval e de petróleo, não há futuro, que o que resta são desempregados iludidos quando o capital falou mais forte que o ser humano, então sobrou esperança.
Buenas, pela fala do prefeito Alexandre parece que a Dna. Dilma não manda mais na Petrobras, apesar do governo ser majoritário. Então, com todo respeito, a verdade está muito mal contada. Será que os 250 milhões que a China teria aportado segunda a mídia nacional (ou vai aportar) na Petrobras teve algum efeito?? Onde está o acordo de leniência que a AGU estava articulando com as empresas corruptas para a retomada dos trabalhos, com a condição delas confessarem e se proporem a indenizar e colaborar nas investigações? Muito papo furado e muita conversa mole pr não dizer nada – lamentavelmente.… Read more »