PETROBRÁS DETALHA CRONOGRAMA DE LIBRA E INOVAÇÕES UTILIZADAS NO CAMPO DURANTE A OTC HOUSTON
HOUSTON- Por Fabiana Rocha- O Brasil é, reconhecidamente, um dos temas que desperta maior interesse nesta edição da OTC Houston. Isto muito em virtude dos seus prolíficos campos do pré-sal. É o caso do projeto de Mero, localizado dentro da área de Libra. A Petrobrás, operadora da área, aproveitou o evento para apresentar ao mercado os avanços tecnológicos que obteve durante a exploração do bloco, que impõe muitos desafios. Além disso, a empresa apresentou um pouco do seu plano de desenvolvimento de Libra ao longo dos próximos anos durante apresentação do gerente geral da empresa na área, Paulo Rovina (foto).
De acordo com o executivo, o cronograma para Libra inclui uma fase exploratória para ampliar a aquisição de dados até 2021. Já o desenvolvimento dos quatros campos de Mero deve ocorrer de 2021 a 2048. A principal estratégia dentro desse intervalo é reduzir as incertezas em um ritmo acelerado na hora de decidir as melhores ações para enfrentar os riscos para o desenvolvimento da área. “O contrato de compartilhamento de produção do Campo de Libra é de 35 anos [expira em 2048], portanto devemos otimizar a recuperação”, afirmou o executivo.
Algumas das inovações que foram implantadas em Mero e ganharam destaque na apresentação foram os poços com completação inteligente e dutos submarinos de 8 polegadas – que permitiram a produção do poço em alta vazão (60 mil boed).
O FPSO Guanaraba 1, que está sendo construído pela Modec, será o primeiro sistema definitivo do campo de Mero. Conforme noticiamos ontem (8), a Petrobrás afirmou que a plataforma possui mais de 40% de sua construção concluída. Enquanto isso, o percentual de poços perfurados já chega a 44%. O segundo FPSO do campo, Mero 2, ainda está em fase de contratação. Quanto às duas unidades restantes, a Petrobrás acredita que deve lançar a licitação de Mero 3 em breve, enquanto Mero 4 deve ir ao mercado no próximo ano.
Enquanto a Petrobrás faz seus anúncios durante a feira, o Pavilhão Brasileiro dentro da OTC coleciona cada mais vez mais visitantes. Para os organizadores do pavilhão, o segundo dia de evento (terça) foi o mais movimentado. O ponto alto foi o interesse dos empresários internacionais pelas palestras apresentadas na Arena da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP).
A Arena contou com apresentações do IBP sobre o calendário de eventos no país, além de palestras das empresas Total, PPSA, API, Siemens e Petrobras. O Vice-presidente de Supply Chain da Equinor, Mauro Andrade, falou sobre os números da companhia norueguesa e pediu ainda melhorias regulatórias no mercado de gás para viabilizar projetos. Outro executivo a se apresentar foi o vice-presidente Comercial e de Marketing da Subsea 7, Paulo Martins, que discorreu sobre os investimentos de subsea, parte importante para a produção de óleo e gás.
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