PETROBRÁS, ENAUTA E SHELL SÃO AS GRANDES VENCEDORAS DO PRÊMIO ANP DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
As petroleiras Petrobrás, Enauta e Shell foram as grandes vencedoras da edição do Prêmio Inovação Tecnológica, promovido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). A cerimônia aconteceu hoje (7), no Palácio do Itamaraty, no Centro do Rio de Janeiro. Além dessas empresas, o evento também homenageou Leone Andrade como Personalidade da Academia e David Zylbersztajn como Personalidade da Indústria.
O Prêmio ANP de Inovação Tecnológica reconhece os resultados associados a projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), que representem inovação tecnológica de interesse nos setores de óleo, gás, biocombustíveis, petroquímica, energia e transição energética. O projetos inscritos usam total ou parcialmente os recursos da Cláusula de PD&I da ANP.
“Os recursos oriundos da Cláusula fomentam a busca de inovações nos diferentes segmentos da indústria petrolífera nacional e incentivam as energias renováveis. Na premiação, buscamos contemplar toda essa diversidade de iniciativas”, afirmou o Diretor-Geral da ANP, Rodolfo Saboia, na abertura da cerimônia.
A Enauta foi vencedora 2022 na categoria “Redução de Impactos Ambientais e Energias Renováveis”. Essa foi a primeira vez que uma empresa independente foi homenageada no prêmio. A Enauta foi reconhecida pelo seu ‘Projeto Costa Norte’, que desenvolveu uma metodologia de análise da vulnerabilidade de manguezais da margem equatorial brasileira a possíveis vazamentos de poluentes.
Com o uso de tecnologia avançada, o ‘Projeto Costa Norte’ otimiza as ações de gestão ambiental e de contingências em casos de acidentes. Além disso, o projeto permite que fronteiras de conhecimento sejam vencidas. A eficiência da utilização de métodos de modelagem computacional ambiental (hidrodinâmica marinha e dispersão de óleo) em representar o transporte de poluentes nas zonas costeira e estuarina amazônica também foi estudada, particularmente na região que contempla as Bacias Sedimentares Marinhas da Foz do Amazonas e do Pará-Maranhão.
No caso da Shell, o projeto premiado foi o “Viabilização de uma nova configuração de Completação Inteligente em Poço Aberto, PACI 2, através do desenvolvimento de Válvula de Produção e Atuador Residente”, em parceria com a Petrobrás e Welltec do Brasil. As empresas criaram um programa de pesquisa e desenvolvimento de equipamentos de completação inteligente de poço aberto a serem utilizados nos campos envolvidos na parceria.
Esse programa teve como seus principais propulsores a redução de complexidade, a interface submarina independente, o monitoramento em tempo real da completação dos workovers e da produção, a redução de custos operacionais e de implantação, através da redução da complexidade dos equipamentos e da inclusão do diagnóstico de falhas, e a maior disponibilidade dos poços, com aumento de confiabilidade e consequente menor tempo parado de produção.
Veja abaixo um resumo de todos os vencedores desta edição do prêmio:
– Categoria I: Projeto(s) desenvolvido(s) por Instituição Credenciada e/ou Empresa Brasileira, em colaboração com Empresa Petrolífera, na área temática geral “Exploração de Petróleo e Gás”
Título: Magnetoestratigrafia na exploração de petróleo, a grande promessa de calibração temporal de alta precisão e correlação de estratos em ultra-alta-resolução
Empresa Petrolífera: Petrobras | Instituição: USP e UFRGS
– Categoria II: Projeto(s) desenvolvido(s) por Instituição Credenciada e/ou Empresa Brasileira, em colaboração com Empresa Petrolífera, na área temática geral “Produção de Petróleo e Gás”
Título: Viabilização de uma nova configuração de Completação Inteligente em Poço Aberto, PACI 2, através do desenvolvimento de Válvula de Produção e Atuador Residente
Empresas Petrolíferas: Shell e Petrobras | Empresa: Welltec do Brasil
– Categoria III: Projeto(s) desenvolvido(s) por Instituição Credenciada e/ou Empresa Brasileira, em colaboração com Empresa Petrolífera, na área temática geral “Transporte, Dutos, Refino e Abastecimento”
Título: SOLID² – SISTEMA DE DETECÇÃO, LOCALIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE DANOS EM DUTOS
Empresa Petrolífera: Petrobras | Instituição: UFRJ
– Categoria IV: Projeto(s) desenvolvido(s) por Instituição Credenciada e/ou Empresa Brasileira, em colaboração com Empresa Petrolífera, na área temática específica “Redução de Impactos Ambientais e Energias Renováveis”
Título: Projeto Costa Norte – Desenvolvimento de Metodologia para Entendimento dos Processos Costeiros e Definição da Vulnerabilidade das Florestas de Mangue das bacias
Empresa Petrolífera: Enauta | Empresa: Pro-Oceano Serviço Oceanográfico e Ambiental |Instituições: UFPA, UFRJ, UERJ
– Categoria V: Projeto(s) desenvolvido(s) por Instituição Credenciada e/ou Empresa Brasileira, em colaboração com Empresa Petrolífera, na área temática específica “Indústria 4.0 / Transformação Digital”
Título: Monitoramento em Tempo Real da Integridade de Poços Marítimos
Empresa Petrolífera: Petrobras
Empresa: ESSS Scientifc Software | Instituição: UFAL
– Categoria: Dissertação de Mestrado no âmbito do Programa de Formação de Recursos Humanos da ANP (PRH/ANP)
Título: Produção integrada de etanol de cana-de-açúcar e milho em usinas flex: Simulação e análises tecno-econômica e ambiental
PRH 039
Instituição: UFSCar
Autora: Luiza Stolte Bezerra Lisbôa de Oliveira
– Categoria: Personalidade da Academia 2022
Leone Andrade
Com graduação em engenharia mecânica pela Universidade Federal Da Bahia, é doutor em engenharia aeronáutica e mecânica pelo Instituto Tecnológico De Aeronáutica (ITA); mestre em engenharia mecânica pela Universidade Federal De Santa Catarina; especialista em in plant training programme for welding engineers pelo Paton Electric Welding Institute De Kiev, na Ucrânia.
Atualmente é diretor de tecnologia e inovação e reitor do campus integrado de manufatura e tecnologia do Senai — Senai Cimatec. Tem experiência na área de engenharia mecânica, com ênfase em processos de fabricação, gestão de ensino superior e pesquisa e, principalmente, em gestão de tecnologia e inovação.
– Categoria: Personalidade da Indústria 2022
David Zylbersztajn
Engenheiro mecânico e mestre em engenharia mecânica, ambos pela PUC-Rio, além de doutor em economia da energia pela Universidade De Grenoble, na França. Foi secretário de energia do Estado de São Paulo, de janeiro de 1995 até janeiro de 1998, liderando a reforma e o processo de privatização das companhias de eletricidade e de gás do estado. Foi o primeiro diretor-geral da ANP, de janeiro de 1998 até outubro de 2001, período em que a Agência promoveu os primeiros leilões de petróleo e gás natural e criou a Cláusula de PD&I nos contratos para exploração, desenvolvimento e produção. Foi presidente dos conselhos de administração da Eletropaulo, CESP, CPFL, Comgas, Varig E Light, e membro dos conselhos do Banco Do Brasil, Brasilprev, Petrorecôncavo e Light, entre outras empresas. Foi também professor da UNICAMP, no departamento de energia, e professor e coordenador do programa interunidades de energia da USP, onde orientou diversas teses de mestrado e doutorado;
Atualmente é professor da PUC-RIO, onde coordena o MBE em energia, além de membro do conselho consultivo da Norte Energia.
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