PETROBRÁS ESTÁ CONSTRUINDO UM NOVO SUPERCOMPUTADOR PARA SUAS OPERAÇÕES NO PRÉ-SAL E NA MARGEM EQUATORIAL | Petronotícias




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PETROBRÁS ESTÁ CONSTRUINDO UM NOVO SUPERCOMPUTADOR PARA SUAS OPERAÇÕES NO PRÉ-SAL E NA MARGEM EQUATORIAL

borgesA Petrobrás vai investir R$ 76 milhões no supercomputador Gaia para atender às demandas de alto desempenho da empresa. A máquina desenvolverá e aperfeiçoará tecnologias para pesquisas ligadas à geofísica que poderão ser aplicadas tanto em campos do pré-sal, área responsável por 74% da produção da companhia, quanto em novas fronteiras exploratórias, como a Margem Equatorial, localizada no norte e nordeste da costa brasileira. O objetivo é aprimorar ferramentas de processamento de imagens sísmicas – técnica que produz imagens tridimensionais do interior da terra – para obter reproduções em altíssima definição das camadas de rochas em subsuperfície. Com isso, a empresa espera obter resultados mais ágeis e precisos, redução de tempo e custo nas atividades de exploração e produção.

Cada poço, no pré-sal, pode custar de US$ 70 milhões a US$ 100 milhões, entre perfuração e completação, conforme informação da companhia. O diretor de Exploração epaulo Produção, Fernando Borges (foto principal), disse que o Gaia será utilizado para desenvolver novas tecnologias em geofísica, com foco especial na geração de imagens e modelos de subsuperfície. “A precisão gerada pelo estudo geofísico dos modelos desenvolvidos com estas novas tecnologias aumenta a probabilidade de sucesso na hora de escolher uma área e prever o comportamento da rocha durante a perfuração de um poço”, declarou. Segundo Borges, a Petrobrás sempre contou com recursos computacionais dedicados exclusivamente à pesquisa. No final dos anos 90, foi construído internamente um supercomputador chamado de Beowulf. Alguns anos depois, foi adquirida uma nova máquina, com tecnologia mais moderna. “Mas essa é a primeira vez que temos um supercomputador deste porte para pesquisa. Esperamos que ele passe a integrar o Top 500, ranking que lista os maiores supercomputadores do mundo”, acrescentou.

O diretor de Transformação Digital da Petrobrás, Paulo Palaia (foto à direita), dá mais detalhes sobre este super computador:  “O Gaia será dedicado ao desenvolvimento de novos algoritmos para imageamento na Petrobrás, em diferentes cenários de maturidade tecnológica, com foco especial nas técnicas Least Squares e FWI Elástico, além de aplicações utilizando aprendizado de máquina.  A técnica Least Squares Imaging (Imageamento por Quadrados Mínimos) utiliza métodos matemáticos para construir e melhorar imagens. Ela revela detalhes que não são visíveis no imageamento tradicional. Com a tecnologia FWI elástico (Inversão Elástica do Campo de Onda Completo) associada, a empresa dá o passo seguinte ao reconstruir as propriedades físicas das camadas das rochas desenvolvendo modelos mais precisos do cenpesque os já existentes sobre as características das rochas como a dureza e presença de fluidos, como água, gás e óleo”.

O aperfeiçoamento na leitura de dados pelo processamento de imagens acelera a tomada de decisão por parte dos especialistas e contribui para a redução do tempo desde a identificação de uma jazida de petróleo até o início da produção do campo. Com capacidade de processamento de 7,7 Petaflops, equivalente a 1,5 milhão de celulares ou 40 mil laptops, o supercomputador pesquisador Gaia tem consumo energético de 574 KW, equivalentes ao de uma cidade de 2400 habitantes. A previsão é de que a máquina esteja operando ainda neste primeiro trimestre no Centro de Pesquisas Desenvolvimento e Inovação da empresa, opegasus Cenpes.

A Petrobrás vem aumentando a sua capacidade computacional. Com o supercomputador Pégaso, o 5º maior da indústria petrolífera mundial, que começou a operar este ano, a empresa conquistou o 1º lugar em computadores de alto desempenho e ecoeficiência da América Latina, pelo quarto ano consecutivo. As informações são dos rankings TOP500.Org e Green500, nos quais a Petrobras é tetracampeã consecutiva. As ideias inovadoras desenvolvidas pela companhia, incluem tecnologias de monitoramento em tempo real de equipamentos, otimização de atividades, redução da emissão de carbono e de custo de implantação de projetos da ordem de milhões de dólares. A empresa anunciou recentemente um investimento de US$ 2,1 bilhões para a área de P&D,I para os próximos cinco anos, valor superior ao último plano estratégico, de USS 1,6 bilhão.

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