PETROBRÁS ESTUDA VENDER FATIA NA ÁREA DE LIBRA, NO PRÉ-SAL DA BACIA DE SANTOS

A necessidade de captar recursos vem levando a Petrobrás a estudar possíveis desinvestimentos de dimensões cada vez maiores. A bola da vez seria agora a área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, cujas reservas são estimadas entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris de petróleo. A estatal analisa a possibilidade de se desfazer de 10% de sua participação no bloco, reduzindo sua fatia de 40% para 30% no consórcio exploratório.

Com uma arrecadação prevista de US$ 15,1 bilhões para este ano, o plano de desinvestimentos da companhia abrange a venda de ações em seis outros blocos, dos quais cinco são localizados no pré-sal da Bacia de Santos e um no pós-sal. Embora não haja estimativa precisa acerca das vendas, analistas indicam que esses ativos poderão render até US$ 6 bilhões à empresa, sem contar a possível inclusão da área de Libra nas negociações.

Os campos a serem vendidos são o de Tartaruga Verde e Mestiça, no pós-sal da Bacia de Campos, e Júpiter (BM-S-24), Carcará (BM-S-8), Pão de Açúcar (BM-C-33), Leme (BM-S-51) e Sagitário (BM-S50) no pré-sal. Dessas unidades, Júpiter e Carcará tiveram suas plataformas retiradas do novo plano de negócios da estatal. Apenas o bloco de Tartaruga Verde e Mestiça manteve sua previsão de produção para 2017.

A análise das propostas estaria sendo feito por meio de um data room, com disponibilização de informações a investidores. A estatal teria convidado empresas para estudar os possíveis investimentos, que contam com dados técnicos, jurídicos e comerciais sob confidencialidade.

A Petrobrás avalia também a possibilidade de privatizar até 80% de sua malha de gasodutos no país, por meio da venda da Transportadora Associada de Gás (TAG), sua subsidiária. Nesse processo, a companhia vem estudando separar a TAG em duas empresas, uma concentrando os dutos do Sul e Sudeste e a outra a infraestrutura do Norte e Nordeste. Nesse modelo, os ativos seriam oferecidos ao mercado após a realização dessa divisão.