PETROBRÁS FARÁ NOVA DANÇA DAS CADEIRAS TROCANDO GERENTES DE ÁREAS ESTRATÉGICAS
Pelo menos três das seis gerências executivas da Diretoria Desenvolvimento da Produção & Tecnologia da Petrobrás estarão sob novo comando a partir deste mês. As mudanças serão feitas na Gerência Executiva de Sistemas Submarinos, que passará a ser comandada por Rudimar Lorenzatto, que está atualmente na área de Poços Marítimos. Outra mudança será no Cenpes (Centro de Pesquisa Leopoldo Américo Miguez de Mello). Lorenzatto concorre ao cargo como candidato único para substituir Cristina Pinho, que se aposentou em janeiro. Desde a saída da executiva, a área de Sistemas Submarinos vem sendo comandada interinamente por Felipe Matoso. No Cenpes e na área de Poços Marítimos, a disputa envolve três candidatos, mas fontes do Petronotícias indicam que Orlando Ribeiro, que hoje atua na Gerência Executiva de Libra, e Samuel Miranda, são os nomes mais fortes. Cumprindo o novo protocolo interno da Petrobrás, os candidatos terão ser entrevistados pelo presidente da estatal, Pedro Parente, e posteriormente aprovados pelo Comitê de Indicação, Remuneração e Sucessão, que tem reunião formal agendada para esta sexta-feira 13, e ainda pelo Conselho de Administração.
Se aprovado, Orlando Ribeiro substituirá Joper Cezar de Andrade Filho, que foi afastado do cargo na semana passada. O ex-gerente executivo ocupava o cargo desde março de 2016, nomeado pelo ex-diretor de DP&T, Roberto Moro. Talvez seja essa a razão principal das mudanças promovidas por Parente. A meta da Petrobrás é trazer o Cenpes novamente para o centro das atenções da indústria. Com o desligamento de Joper Andrade Filho, o centro de pesquisa vem sendo comandado interinamente por Oscar Chamberlain. As mudanças marcam as primeiras alterações da gestão de Hugo Repsold na Diretoria de Desenvolvimento da Produção & Tecnologia. O executivo assumiu a área no fim de março, substituindo o ex-diretor Roberto Moro.
Na realidade, Pedro Parente tenta criar a imagem de que está havendo uma evolução na Petrobrás ao constituir novos executivos da empresa. A ideia de Parente cogitando a troca da Diretoria Executiva e seu Staff, incluindo seus Gerentes Gerais e Executivos, guarda relação com processos investigativos em elevado grau evolutivo no âmbito da Lava Jato, contrapondo os estáticos processos investigativos internos que correm na estatal decorrentes, em sua maioria, de denúncias feitas à ouvidoria geral. Muitas dessas denúncias foram hibernadas. Algumas delas feitas pelo Engenheiro aposentado da Petrobrás, João Batista de Assis, que com alguma frequência, faz cobranças à ouvidoria da companhia, alertando sempre ao Petronotícias para a falta de respostas. São denúncias significantes com fundamentos e embasamento documental que foram feitas há pelo menos dois anos e que, até agora, não tiveram um posicionamento da empresa.
O Pedro Parente não é um profundo conhecedor da área de petróleo. Ele é um administrador e, por isso, precisa contar com pessoas do segmento ao seu redor. Em dado momento, teve de conviver com pessoas que detinham conhecimento técnico, mas que estavam sendo investigados por suposto envolvimento na Operação Lava Jato, ainda que de forma passiva, pois teriam mantido relações profissionais no passado recente com diretores e gerentes corruptos, já devidamente identificados, processados e condenados. Isso criou uma insegurança para sua atuação. É verdade, no entanto, que ele jamais trouxe a público algum questionamento a esse respeito.
As fontes do Petronotícias indicaram que Parente estaria sendo pressionado pelas informações que recebe da força tarefa que investiga as operações dentro da empresa. Dessa forma, existe pressão externa para tirar as pessoas que possivelmente estão ou estiveram envolvidas em ilícitos, ainda que de forma passiva. Parente estaria, na realidade, sendo pressionado a tirar quem possivelmente atuou diretamente ou de forma passiva em atos ilícitos. Como ele mesmo disse “Estamos trabalhando num plano de sucessão para nossos diretores executivos, levando em conta a necessidade de consolidar a profissionalização da gestão da empresa”. É uma forma de preservação aos profissionais colaboradores mas que, de certa forma, tem demonstrado pouco desempenho. Um exemplo clássico seria o processo de contratação dos risers para o pré sal.
[…] https://petronoticias.com.br/archives/110507 […]
PETROBRÁS FARÁ NOVA DANÇA DAS CADEIRAS TROCANDO GERENTES DE ÁREAS ESTRATÉGICAS. O que está por trás dessas mudanças? O Pedro Parente diz a verdade, ou pretende esconder algo importante? O artigo da Petronotícias acima intitulado responde essa pergunta, mas veja o que disse o engenheiro engenheiro João Batista de Assis Pereira, acerca da deficiente metodologia investigativa da Petrobras envolvendo denuncias sérias e significativa que adentram a Ouvidoria Geral da Petrobras e o tratamento indevido do Compliance na investigação dessas denuncias: Na Petrobras, não resta duvida, os ilícitos são continuados e estão, via de regra, interligados uns com os outros, na… Read more »
Casualidade ou não, as mudanças ocorrem justamente após as questões levantadas sobre risers e sucateamento das plataformas no sul. Nem tanto pela demora destas mudanças, mas pela dimensão “nano” das mesmas mudanças, se comparadas às gravidades dos fatos que as geraram, a empresa e suas novas “caixinhas”, criadas para resolver os podres e tratá-los com ética e transparência, continua deixando a desejar. Recentemente, embora alguns assim não interpretem, a empresa assumiu suas práticas perante os acionistas americanos, indenizando-os, mas são seus empregados e ex-empregados (diretos e indiretos), que estão pagando essa conta. Estes sim têm sido os verdadeiros prejudicados, e… Read more »
Do relevante editorial publicado pela Petronotícia, não posso deixar de complementar o parágrafo seguinte, com links de parte das denúncias que formulei a Ouvidoria Geral da Petrobras em 2015. Decorridos quase três anos, nada foi reportado ao denunciante. “Na realidade, Pedro Parente tenta criar a imagem de que está havendo uma evolução na Petrobrás ao constituir novos executivos da empresa. A ideia de Parente cogitando a troca da Diretoria Executiva e seu Staff, incluindo seus Gerentes Gerais e Executivos, guarda relação com processos investigativos em elevado grau evolutivo no âmbito da Lava Jato, contrapondo os estáticos processos investigativos internos que… Read more »
A julgar pelo dito pelo J. B. Assis Pereira as mudanças no caudaloso séquito são meros jogos políticos ou jogo para a platéia pois as investigações, pelo escrito, são apenas superficiais e também adjetivas. Continuaremos com os cargos ocupados pelos gestores do projeto nefasto do Brasil atual. Lamentável!
Agradeço as curtas, mas sensatas ponderações do Geólogo Luciano Seixas Chagas. Considero curtas ponderações, comparativamente aquilo que todo nos leitores da Petronotícias ficamos acostumados de ver, diante de extensas e excelentes explanações técnicas proferidas pelo geólogo Luciano, detentor de vasto conhecimento da geologia, adstrita a área de prospecção, perfuração e extração de petróleo e gás, todas de excelente nível técnico, difíceis de ser contestadas por aqueles que poderemos considerar ser seus opositores.
COMPLIANCE, ÉTICA E TRANSPARÊNCIA NA PETROBRAS. Compulsando o site http://www.petrobras.com.br/pt/quem-somos/perfil/compliance-etica-e-transparencia/ observamos, de plano, que a Petrobras informa ser uma empresa aderente as boas práticas de governança corporativas e Compliace e que esses fundamentos constituem o pilar de sustentação de seus negócios em que a prioridade na estatal é atuar sempre sob ordenamento e orientação da ética, integridade e transparência, com busca incessante desses requisitos fundamentos para alcançar sua meta e tornar-se referência em ética e integridade. Infelizmente, não posso concordar plenamente com essa definição, de forma que não observo esses fundamentos e princípios a prosperarem na Petrobras na atualidade, justamente… Read more »