PETROBRÁS FAZ TESTE DE TECNOLOGIA INÉDITA DE EÓLICA OFFSHORE PARA ALIMENTAR PLATAFORMAS DE ÓLEO E GÁS
A Petrobrás conduziu testes de desempenho de um inovador modelo de tecnologia eólica offshore, pioneiro no Brasil, em colaboração com a Escola Politécnica da USP. Os testes visavam avaliar o funcionamento de um sistema eólico flutuante em escala reduzida, composto por um aerogerador montado em uma estrutura semissubmersível de quatro colunas. Essa configuração foi posicionada no tanque de testes do Laboratório de Tecnologia Oceânica da COPPE/UFRJ. O ambiente simulado reproduziu as características ambientais e marítimas típicas da região do pré-sal na Bacia de Santos, onde essa tecnologia poderá ser implementada em uma fase posterior, se sua viabilidade técnica e econômica for comprovada. O teste avaliou a resposta do sistema flutuante de geração eólica diante das condições ambientais adversas do pré-sal, situado a profundidades superiores a 2 mil metros.
Em escala real, cada sistema flutuante terá uma capacidade de até 15 MW, representando entre 10% e 30% da energia elétrica necessária para alimentar uma plataforma de exploração no pré-sal. Em uma aplicação offshore, os pesquisadores estão examinando a possibilidade de conectar a unidade de geração eólica à plataforma ou a um sistema submarino, localizado em águas profundas. Esse vínculo seria estabelecido por meio de um cabo elétrico conhecido como “umbilical elétrico”, com o propósito de fornecer energia de baixo teor de carbono para os ativos de produção de petróleo e gás.
“Unimos forças com a USP e UFRJ, duas das mais importantes universidades brasileiras, para testar uma tecnologia 100% nacional, de eólica offshore, capaz de reduzir as emissões em nossas plataformas do pré-sal. Esse projeto demonstra a importância das parcerias da Petrobras com a academia para impulsionar o movimento de transição energética no país, com grande potencial de deflagrar uma onda de inovação sem precedentes no Brasil”, disse o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates (foto).
Já o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da empresa, Carlos Travassos, disse que com os resultados do testes, a Petrobrás vai comparar essa iniciativa com outras opções para descarbonização das operações de exploração e produção, no que diz respeito ao suprimento energético das plataformas. “Vamos considerar as melhores alternativas em termos de custos para atender às nossas metas de descarbonização dentro das mais rigorosas condições técnicas, ambientais e de segurança”, explicou.
A eólica offshore é uma das apostas da Petrobrás para desenvolver soluções de baixo carbono no horizonte de seu Planejamento Estratégico. “Esse projeto demonstra como a questão da transição energética é transversal na Petrobrás e está entre suas prioridades. Trata-se de uma iniciativa que envolve nosso Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) e a nossa área de Exploração e Produção, em nosso principal ambiente de produção, o pré-sal, que trará informações relevantes para a avaliação das oportunidades em eólica offshore” disse o diretor de Transição Energética da Petrobrás, Maurício Tolmasquim.
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