PETROBRÁS FECHA O BALANÇO COM 14,8 BILHÕES DE PREJUÍZO, MAS COMEMORA RECUPERAÇÃO DE SUAS OPERAÇÕES EM 2016 | Petronotícias




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PETROBRÁS FECHA O BALANÇO COM 14,8 BILHÕES DE PREJUÍZO, MAS COMEMORA RECUPERAÇÃO DE SUAS OPERAÇÕES EM 2016

petrA Petrobrás fechou 2016 com prejuízo de R$ 14,824 bilhões. O terceiro ano seguido com perdas consideráveis  em seu balanço. No quarto trimestre de 2016, a empresa reagiu e  registrou um lucro de R$ 2,510 bilhões, promovido pelo aumento das exportações de petróleo e pelas redução das despesas financeiras. O resultado, porém, foi insuficiente para reverter as perdas de R$ 17,334 bilhões acumuladas nos primeiros nove meses do ano. No terceiro trimestre, a empresa havia anunciado baixas contábeis de R$ 15,7 bilhões, referentes a efeitos do aumento do risco país, do câmbio e da postergação de alguns projetos. Mas nem tudo foi ruim na  companhia em 2016. A empresa acredita que houve  uma melhora significativa no desempenho operacional ao longo do ano, que se refletiu numa reversão do prejuízo apurado no terceiro trimestre do ano passado para um lucro líquido  no quarto trimestre e uma consequente redução no endividamento.

Mesmo com  o preço de petróleo mais baixo em 2016, da retração do mercado nacional de derivados, com queda de 8% no volume de vendas no mercado interno e da menor geração de energia elétrica, a companhia operou com maiores margens de diesel e gasolina, se comparado ao ano anterior, e reduziu seus gastos com importações, participações governamentais e suas despesas de vendas, gerais e administrativas e as despesas financeiras líquidas. As exportações aumentaram 12% no quarto trimestre totalizando 634 mil bpd de petróleo e derivados, com destaque para as exportações de petróleo, que subiram 14%.Em termos operacionais, a companhia cumpriu, pelo segundo ano consecutivo, sua meta de produção, atingindo 2.144 mil de barris por dia barris  de petróleo no Brasil e registrou recordes como a produção de 2,9 milhões de barris de óleo equivalente por dia, considerando petróleo e gás, no Brasil e no exterior, em dezembro. Com a maior geração operacional e a redução de investimentos em 32%, a empresa alcançou um fluxo de caixa livre de R$ 41,57 bilhões. O presidente da estatal, Pedro Parente, destacou que O quarto trimestre foi o sétimo trimestre consecutivo de fluxo de caixa livre positivo, demonstrando a maior disciplina de capital que a empresa vem perseguindo.

O endividamento líquido foi reduzido em 20%, passando para R$ 314 bilhões ou US$ 96,4 bilhões, em decorrência da amortização e pré-pagamento de dívidas, utilizando recursos de desinvestimentos e do caixa, bem como da apreciação do real. A gestão da dívida também possibilitou o aumento do prazo médio de 7,14 para 7,46 anos. O EBITDA, referência bastante utilizada pelo mercado financeiro como uma aproximação da geração de caixa, foi de R$ 24,8 bilhões no quarto trimestre e de R$ 88,7 bilhões em 2016, 16% superior ao ano anterior. Com isso, a métrica financeira Dívida líquida/EBITDA traçada pela Petrobrás no seu Plano de Negócios e Gestão foi reduzida de 5,11, ao final de 2015, para 3,54, ao final de 2016. A meta é que esse indicador chegue a 2,5 vezes o EBITDA no fim de 2018.

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