PETROBRÁS INCLUI GASODUTOS E TERMINAIS DE REGASEIFICAÇÃO NA LISTA DE ATIVOS À VENDA

A Petrobrás segue buscando maneiras de reequilibrar seu caixa e se adaptar a uma nova condição de mercado, enfraquecido pela queda nos valores do barril de petróleo, longe dos US$ 100 que vinha sendo negociado cerca de um ano e meio atrás. Entre as opções de venda, gasodutos e terminais de regaseificação entraram na lista e se juntam às 21 usinas térmicas que também devem ser negociadas, marcando a saída da estatal do setor elétrico.

 O processo de privatização branca que vem sendo colocado em prática, no entanto, ainda está longe de alcançar as metas estabelecidas. O plano prevê US$ 57,7 a partir da venda de ativas, mas, até agora, apenas US$ 1,9 bilhão foi arrecadado, com a venda de 49% da Gaspetro para a Mitsui. Apesar de concluído, o negócio ainda tem encontrado problemas com a Justiça, principalmente em questões regulatórias, como domínio acionário.

Problemas regulatórios também se colocam como entrave para a conclusão de outros negócios da companhia. O plano de desinvestimentos ainda inclui concessões para exploração e produção de petróleo e gás nos campos de Golfinho, Bacia do Espírito Santo, e Baúna, Bacia de Santos, uma fatia da petroquímica Braskem, fábricas de fertilizantes, terminais, dutos e navios, além de uma parceria na BR Distribuidora.

As mudanças dentro da companhia não se aplicam somente aos ativos que detém, mas uma nova Petrobrás está sendo buscada pela administração. Mudanças no sistema de governança e gestão foram anunciados no final de janeiro, para deixar a estatal mais adequada ao seu novo formato, prioritariamente como produtora de petróleo, com especial atenção para o pré-sal.

As térmicas são bastante atrativas no mercado, mas a operação dos gasodutos, detida pela Petrobrás, é um empecilho para que os negócios avancem. Para que os investidores se interessem mais, é preciso que eles também operem os gasodutos, com a companhia detendo o gás e seu transporte.