PETROBRÁS INVESTE EM TECNOLOGIA PARA MEDIÇÃO DE ENERGIA EÓLICA OFFSHORE
A Petrobrás ainda está tímida em suas investidas em energia eólica offshore. Hoje (20), a empresa deu ao menos uma sinalização de que não está tão alheia a essa nova fronteira tecnológica. A empresa deu início aos testes da tecnologia Bravo (Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore). O equipamento será capaz de medir a velocidade e direção do vento marítimo. O investimento no projeto somará R$ 9 milhões e há previsão de que o uso dessa tecnologia, inédita no país, traga uma redução de 40% do custo em relação a sua contratação no exterior.
O projeto foi concebido por meio de um termo de cooperação com a Petrobrás, com recursos do programa de P&D do setor de energia elétrica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e em parceria com o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) do Rio Grande do Norte e o Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados (ISI-SE) de Santa Catarina. O equipamento possui cerca de 2,5m de diâmetro e 3,5m de altura e é alimentado por módulos fotovoltaicos e aerogeradores.
“A Petrobrás é uma empresa experiente em projetos intensivos em conteúdo tecnológico. Estudar projetos e inovações como essa está previsto no Plano Estratégico 2023-27, recém-lançado, que explicita o aprofundamento de estudos e avaliação de oportunidades em hidrogênio, eólica offshore e captura de carbono”, disse o diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da companhia, Rafael Chaves.
Nos próximos sete meses, o sistema de comunicação da Bravo permitirá o acesso aos dados coletados no litoral do Rio Grande do Norte (onde ela foi instalada) à curta distância, por meio de Bluetooth e Wi-fi, ou via satélite. Eles serão enviados para um servidor em nuvem acessado pelo SENAI e Petrobras. As informações colhidas pela Bravo serão comparadas com os dados coletados por um LiDAR fixo, instalado no terminal salineiro de Areia Branca. O LiDAR é um sensor ótico que permite medir a velocidade e direção do vento, entre 10 e 200 metros de altura, gerando dados compatíveis com a altura de operação das turbinas eólicas offshore.
A boia foi lançada no mar para a testagem em ambiente relevante. Os dados de vento captados por um LiDAR fixo de referência serão comparados com os dados captados pelo LiDAR existente na boia e, após a etapa de validação, será possível determinar o grau de prontidão da tecnologia.
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