PETROBRÁS LUCRA R$ 5,393 BILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2014
A Petrobrás teve um lucro de R$ 5,393 bilhões no primeiro trimestre deste ano, montante 29,9% menor do que o resultado do mesmo período de 2013, quando lucrou R$ 7,69 bilhões. Em relação ao último trimestre do ano passado (R$ 6,2 bilhões), houve uma queda de 14,1%, mas ainda assim o resultado veio acima do esperado pelo mercado, já que a estatal precisou arcar com despesas trabalhistas somadas em R$ 2,4 bilhões no período, principalmente por causa do Plano de Demissão Voluntária. A companhia anunciou no início da semana que cerca de 12,4% de seu corpo trabalhista aderiu ao plano, somando 8.298 funcionários.
A receita da estatal no trimestre apresentou um crescimento de 12%, passando a R$ 81,54 bilhões, sendo que o Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 14,39 bilhões, 12% menor do que no mesmo período do ano passado. Mesmo assim, também foi maior do que o esperado pelo mercado.
Além do aumento da produção no pré-sal, que vem batendo recordes contínuos, a leve alta do real em relação ao dólar, de 4,2% em média no primeiro trimestre, ajudou a melhorar o resultado, já que reduziu a defasagem dos preços dos combustíveis em relação ao mercado internacional.
A estatal ressaltou na divulgação dos números que teve uma produção menor de petróleo e LGN no país (2%, 38 mil barris/dia), em relação ao quarto trimestre de 2013, devido à desmobilização do FPSO – Brasil (Roncador) e à parada da plataforma P-20 (Marlim). No entanto, ela destacou que atingiu a média mensal recorde de 395 mil bpd de produção no pré-sal em março.
O comunicado fala ainda sobre o início da operação de novos sistemas: P-58 e FPSO Cidade São Paulo (Sapinhoá), assim como menciona a maior carga processada (1%, 19 mil barris/dia), em relação ao ao último trimestre do ano passado, com recorde de processamento ocorrido em março e aumento da produção de derivados no país, reduzindo a participação dos derivados importados nas vendas.
A companhia informa também que captou R$ 53,9 bilhões, principalmente pela emissão de bonds nos mercados americano e europeu, o que permitiu que ela terminasse o trimestre “com uma sólida liquidez (R$ 78,5 bilhões em caixa)”.
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