PETROBRÁS MELHORA GRAU DE INVESTIMENTO E AUMENTA DIVISÃO DE DIVIDENDOS DEPOIS DO LUCRO RECORDE
O lucro recorde anunciando ontem (20) pela Petrobrás – mesmo que as vendas dos ativos tenham sido consideradas tecnicamente como lucro – fizeram a empresa andar três casas pra frente. A Petrobrás informou que os acionistas da companhia receberão parte do lucro, mais de R$ 10,6 bilhões, que serão distribuídos. E nesta tarde (21), a empresa informou que a agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou a sua nota de crédito stand-alone (risco intrínseco) em dois níveis, de “bb+” para “bbb”, segundo nível da escala de grau de investimento. A agência manteve o nível de risco (rating) da dívida corporativa da companhia em “BB-”, com perspectiva estável.
A Diretora Executiva Financeira e de Relacionamento com Investidores, Andrea Almeida, declarou: “Estamos muito felizes com a alteração da nota da Petrobrás, principalmente porque confirma que todo o trabalho de transformação da empresa, focado na redução do endividamento e redução do custo do capital, está sendo reconhecido pelo mercado. Sabemos que temos um longo caminho pela frente mas ficamos muito honrados com esse reconhecimento”.
A Fitch ressaltou que a elevação da nota stand-alone reflete a melhora na estrutura de capital da companhia, a forte geração de caixa e flexibilidade financeira, com liquidez robusta, sólida capacidade de acessar o mercado de dívida para refinanciamento e expectativa de melhorias contínuas no futuro. Segundo a agência, o rating da companhia em escala global continua limitado pelo rating da República Federativa do Brasil, acionista controlador da companhia.
Após a divulgação dos resultados completos de 2019, com o anúncio dos dados do quarto trimestre, analistas do mercado exaltaram as melhoras na gestão operacional da empresa e, com isso, a perspectiva de lucros em alta se mantém, com a promessa de seguir dividindo os bons resultados entre os acionistas, por meio de dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP), as formas como as empresas distribuem os ganhos com os investidores. Em agosto passado, a Petrobrás aprovou uma nova política de remuneração aos acionistas, cuja principal diretriz é ampliar a distribuição do lucro no caso de conseguir reduzir a dívida bruta abaixo de US$ 60 bilhões. No balanço financeiro do encerramento de 2019, a dívida total da estatal ficou em US$ 87,1 bilhões, mas, nos comunicados ao mercado e nas declarações públicas de seus diretores, a companhia reafirmou o compromisso de seguir vendendo ativos para reduzir o endividamento.
Como a participação que ainda detém da BR Distribuidora, que opera a rede de postos de gasolina, e a metade de suas refinarias , a Petrobrás terá condições de reduzir a dívida e, assim, pagar mais de seu lucro para os acionistas. Ao lado do lucro de R$ 40,1 bilhões em 2019, a Petrobrás confirmou o pagamento extra de R$ 1,7 bilhão do resultado aos seus acionistas, elevando para R$ 10,6 bilhões o total a ser distribuído aos detentores de suas ações. Boa parte disso ficará com o governo federal, seu principal acionista, que tem 42,38% do capital total da petroleira, mas os pequenos acionistas, como pessoas físicas, também poderão se beneficiar.

publicada em 21 de fevereiro de 2020 às 15:00 





Estão distribuindo, como lucro, receita proveniente da venda de preciosos ativos que afetarão, no próximo ano, o faturamento bruto da Petrobras e consequentemente o lucro. A tresloucada política de se concentrar nos ativos de E&P, a se manter a tendência atual dos preços para 2020, poderão, na verdade, pouco impactar no aumento das receitas, apesar do projetado aumento expressivo da produção e do baixo breakevem dos reservatórios do Pré-Sal, todos consequentes de investimentos e ações deflagradas há mais de 10 anos . Aliado a isso a “briosa gestão Petrobras”, como as 3 anteriores, está vendendo ativos de E&P, contrariando o… Leia mais »