PETROBRÁS MUDA NOME DAS DIRETORIAS, MANTÉM DIRETORES E ELIMINA 43% DAS FUNÇÕES GERENCIAIS

Esqueça a Petrobrás que você conheceu. A empresa definitivamente não é mais aquela e nem será mais a mesma. Na noite desta quarta-feira (30), depois de concluída mais uma reunião de seu Conselho de Administração, foram anunciadas as novas mudanças na Companhia. Mais uma da gestão Aldemir Bendine. Até agora, as mudanças feitas pelas mãos de Bendine, foram apenas na direção de demitir profissionais, sob o argumento de enxugar a empresa e tentar vender ativos preciosos da companhia. Se esta nova Petrobrás será boa o ruim, só o tempo dirá.  É preciso se dar ao comandante, pelo menos, o benefício da dúvida. O que se espera agora é que algum investimento seja efetivamente anunciado e posto em prática para reanimar o mercado e dar um novo impulso à nossa economia. Ele precisa mostrar agora que também sabe construir.

Mesmo com a intempérie política e com a provável saída da presidente Dilma, madrinha de Bendine na estatal, foi confirmada a informação da reformulação da empresa, com a redução de sete para seis o número de diretorias e mudanças no modelo de governança e gestão organizacional. As alterações incluem corte de 43% (2.279 cargos) das 5.300 funções gerenciais em áreas não-operacionais, alcançando uma redução total de quase 2.800 postos de trabalho. A estatal diz que essas medidas vão economizar 1,8  bilhão de reais ao ano. A que custo para empresa, só o tempo dirá também.

A nova organização superou a meta inicial de redução de 30% de gerências, afirmou a companhia. A estatal informou que a nova estrutura também prevê redistribuição de atividades e fusão de áreas. O que foi decidido na reunião do conselho é o mesmo que o presidente da Petrobrás anunciou em janeiro deste ano, quando explicou o que pretendia fazer.

Como o Petronotícias antecipou, dentro das mudanças anunciadas anteriormente e confirmadas nesta quarta, houve a fusão das diretorias de abastecimento e gás e energia em uma, agora chamada Refino e Gás Natural, que será comandada por Jorge Celestino, antes diretor de abastecimento. Hugo Repsold, ex-diretor de gás e energia, será o novo Diretor de Recursos Humanos, QSMS e Serviços. A divisão era conhecida como diretoria corporativa. Roberto Moro, um dos melhores quadros da empresa, que estava na diretoria antes denominada engenharia, tecnologia e materiais, agora será Diretor de Desenvolvimento da Produção e Tecnologia.

Os executivos Ivan Monteiro e João Adalberto Elek Júnior seguirão em suas diretorias: Financeira e de Relacionamento com Investidores; e Governança, Risco e Conformidade, respectivamente. Solange da Silva Guedes, outra profissional respeitada na empresa, permanecerá a frente da Diretoria de Exploração e Produção. A área de exploração e produção, divisão central da companhia, será organizada por classes de ativos, com a criação de estruturas para águas profundas, águas ultraprofundas, terrestre e águas rasas.

A estatal anunciou a criação de seis comitês técnicos estatutários, compostos por gerentes executivos, que serão corresponsáveis pelas decisões e terão a função de analisar previamente e emitir recomendações sobre os temas que serão deliberados pelos diretores. A Petrobrás acredita que o novo modelo fortalecerá o mecanismo de responsabilização dos gestores.