PETROBRÁS NEGOCIA NOVO PRAZO COM PDVSA
A Petrobrás divulgou nota confirmando a nova negociação de prazo com a PDVSA para a entrada da empresa venezuelana na Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco. Depois de adiar a data limite duas vezes, em 15 e 20 de agosto, as duas companhias estudam uma nova saída para concretizar a parceria.
O contrato foi selado em março de 2008, sob a condição de que a Petrobrás iria ficar responsável por 60% do empreendimento e a PDVSA cuidaria dos outros 40% investidos. Já foram concluídas 35% das obras, em 2009 a Petrobrás assinou com o BNDES uma linha de crédito para o projeto, e a venezuelana ainda não desembolsou nenhuma parte do prometido.
Após muitos impasses, o presidente da PDVSA, que também é Ministro de Energia e Petróleo da Venezuela, disse, ao final de julho, que a empresa não deixaria o negócio, e culpou os bancos por deixarem os investimentos na refinaria para o final do prazo. Em 15 de agosto, quando expirava o prazo oficial, a companhia venezuelana não apresentou o que deveria e a Petrobrás prorrogou as conversas até o dia 20.
Em coletiva dada durante aquela semana, o diretor de abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, disse que havia sido enviada uma carta à PDVSA para que fosse resolvido tudo até o dia 20 de agosto, porém a data passou e nada foi concretizado.
Na última semana, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ligou para a presidente Dilma Roussef e afirmou que as garantias já haviam sido oferecidas à Petrobrás. A companhia brasileira agora afirma que “para viabilizar a entrada da PDVSA na sociedade é necessário que esta adquira 40% das ações da Abreu e Lima, se responsabilizando ainda por 40% da dívida contraída, assim como por todas as obrigações contratuais resultantes desta, incluindo as garantias exigidas pelo BNDES”.
Porém a empresa deixou claro o interesse em selar o acordo, ao afirmar que está buscando uma data limite para realizar a transação “devido à necessidade de novos aportes na Abreu e Lima para ser dado prosseguimento à construção da Refinaria”.
Durante a coletiva em agosto, Costa disse que não havia nada pensado no plano 2011-2015 para o caso de a PDVSA não entrar na Rnest. “O plano é revisto todo ano. Não está prevista para esse ano, mas numa hipótese dessas, com certeza vai estar prevista no plano 2012-2016”, afirmou o diretor.
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