PETROBRÁS PARALISA P-23 E DESATIVARÁ OUTRAS TRÊS SONDAS DE PERFURAÇÃO
A paralisação da frota de sondas próprias da Petrobrás começa a se concretizar e pode agravar o cenário da indústria naval brasileira. As quatro embarcações para perfuração de poços em águas profundas da estatal deverão ser gradualmente desativadas, em processo que já começou: a P-23 já teve suas atividades paralisadas e deverá ficar parada em um estaleiro, recebendo apenas reparos e serviços de manutenção. A próxima a ser desativa deverá ser a P-10, segundo o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), que estima um total de até 100 demissões por unidade paralisada.
A mudança nas formas de operação vem consolidando as metas firmadas com o plano de negócios da estatal, que reduz suas atividades e que dará prioridade à prática de afretamento. Segundo reportagem da Folha de São Paulo, as plataformas desativadas deverão ficar ancoradas, recebendo apenas operações de manutenção e equipamentos. Em nota, a petroleira afirmou que a paralisação “é consequência da diminuição da demanda por esse tipo de equipamento em função da redução do nível de atividades”.
Com a menor movimentação, a situação da indústria naval brasileira segue se agravando e dificultando as operações de empresas no mercado. As perspectivas podem melhorar, no entanto, ao longo dos próximos meses, após a Petrobrás ter entrado em acordo quanto ao projeto de reestruturação da Sete Brasil. Com a recuperação da fornecedora, as demandas da indústria podem apresentar um acréscimo e trazer otimismo no cenário de recessão.
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