PETROBRÁS PASSA A EXIGIR PRÁTICAS DE DIREITOS HUMANOS AOS SEUS FORNECEDORES, MAS NÃO INCLUI O ABORTO ENTRE AS NORMAS | Petronotícias





PETROBRÁS PASSA A EXIGIR PRÁTICAS DE DIREITOS HUMANOS AOS SEUS FORNECEDORES, MAS NÃO INCLUI O ABORTO ENTRE AS NORMAS

Mário SpinelliAlém de todas as dificuldades para se candidatar a ser um fornecedor da Petrobrás, a partir de agora haverá mais uma. Para fortalecer sua política de integridade pela promoção dos direitos humanos, a partir de hoje (2) o tema, prioritário para a atual gestão da companhia, passará a integrar as análises feitas pela Petrobrás nas empresas que integram seu cadastro de fornecedores. Na prática, para estarem plenamente aptas a prestar serviços à Petrobras as empresas precisarão demonstrar que estão comprometidas em respeitar, conscientizar e promover os direitos humanos. Mas a nova regra não especifica nada sobre se o tema das discussões atuais, o aborto, está ou não dentro das novas exigências. Nas análises de integridade de fornecedores – processo tecnicamente chamado de Due Diligence de Integridade (DDI) – serão observados se os eventuais fornecedores possuem ações relacionadas, por exemplo, à prevenção ao trabalho análogo à escravidão; à erradicação do trabalho infantil, bem como da exploração sexual de crianças e adolescentes; ao combate ao assédio moral ou sexual e discriminação em todas as suas formas; à garantia da liberdade de associação e negociação coletiva; e ao fomento da diversidade, equidade e inclusão.

Mário Spinelli, diretor de Governança e Conformidade da Petrobrás,diz que  “Acreditamos que a Petrobras possa fomentar significativamente a promoção dos direitos humanos no país, já que a cadeia de fornecedores da companhia conta atualmente com mais de 234 mil empresas cadastradas. Essa iniciativa exigirá que todas as empresas que desejem fazer negócios com a Petrobras demonstrem que também possuem ações efetivas de respeito e defesa dos direitos humanos.” A Petrobrás adotou o Due Diligence de Integridade de fornecedores em 2015. Este tipo de mecanismo de conformidade é aplicado às empresas que mantém relacionamento comercial com a Petrobrás. A DDI exige que os fornecedores demonstrem a existência e o funcionamento de estruturas e mecanismos de governança, compliance e de auditoria interna proporcionais ao tamanho, complexidade e criticidade de suas operações. Após a realização da análise o fornecedor recebe um Grau de Risco de Integridade (GRI), que varia de baixo, médio ou alto. Fornecedores com GRI alto, ficam com restrições para fazer negócios com a Petrobras. Nos últimos 8 anos mais de 32 mil fornecedores receberam o Grau de Risco de Integridade (GRI) como resultado da aplicação do procedimento de DDI.

A incorporação de requisitos de prevenção a violações dos direitos humanos ao procedimento de DDI, soma-se a outras iniciativas colocadas em prática pela Petrobras nos últimos anos, como o lançamento do Guia de Conduta Ética para Fornecedores, a implementação da Trilha de Direitos Humanos e Empresas, em parceria com o Pacto Global da ONU, e a divulgação do seu Caderno de Direitos Humanos e Cidadania Corporativa. Estas ações reforçam o compromisso e a coerência da Petrobras com tratados e convenções internacionais ratificados pelo Estado Brasileiro, a exemplo da Carta Internacional dos Direitos Humanos e da Declaração da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre os Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho.

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JOÃO BBATISTA DE ASSIS PEREIRA

Que estória é essa da Petrobras exigir prática de direitos humanos de seus fornecedores? Quanta incoerência, se a maior empresa brasileira pouco importa com os direitos humanos e garantias básicas de sobrevivência de milhares de aposentados e pensionistas da fundação Petros que estão refém da Petrobras e sofrendo por conta da estatal não honrar o pagamento dos bilhões que deve a fundação, obrigando os milhares de velhinhos aposentados e pensionistas a pagarem por essa conta que não deram causa, no que deveria ser paga a tempos pela Petrobras que comprovadamente contraiu essa bilionária divida e não se dispõe a pagar,… Read more »

João Batista De Assis pereira
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João Batista De Assis pereira

A Petrobras concede mais um cargo relevante a um ex sindicalista que vai agora prestar serviços diretamente ao CEO da estatal como retribuição aos favores prestados em passado não tão remoto. De uma forma geral, esses “pretensos sindicalistas” darão continuidade às ações na estatal, sem necessidade de escamotear sua conduta, na forma que praticava quando da época de militância sindical. Agora esses novos agregados a laço a força de trabalho na Petrobras não precisarão mais esxobder suas práticas para alcançar seus objetivos, eis que já as conseguiram, ficando livres, leves e soltos para atuar contra os interesses da classe trabalhadora,… Read more »