PETROBRÁS PODE SE AFASTAR DA OPERAÇÃO DE NOVOS GASODUTOS NO PAÍS
Com as mudanças nas regras para a utilização e a operação dos novos gasodutos que serão licitados sob o regime de concessão, a posição da Petrobrás, atualmente como operadora de praticamente toda a malha do país, pode sofrer mudanças relevantes para a indústria. Como o foco da empresa está cada vez mais na produção e a nova resolução da ANP, anunciada em 2013, veta a participação cruzada entre carregadores e transportadoras nos próximos gasodutos, a estatal deverá assumir o papel de quem contrata a capacidade das estruturas, mas deixa a operação para terceiros.
Essa mudança de paradigma, gerada após pressão da indústria sobre a agência reguladora, já poderá ser vista no primeiro gasoduto a ser licitado nesse novo regime, o projeto Itaboraí-Guapimirim, com previsão de abrir chamada pública a partir do dia 15. A Petrobrás vai entrar como carregadora, ou seja, quem contrata a capacidade do duto, enquanto a operação será realizada pelas empresas que se interessarem por construir o gasoduto.
O projeto deve demandar R$ 112,3 milhões em investimentos, com receita anual máxima de R$ 30,5 milhões. A estrutura terá 11 quilômetros de extensão e capacidade de transporte de 17 milhões de m³/dia. Com início de operação previsto para junho de 2016, o projeto faz parte do Rota 3, que vai transportar parte do gás produzido nos campos do pré-sal da Bacia de Santos para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Importante decisão da ANP de retirar a PB da operação da infra-estrutura de distribuição de gás no país.
A PB tem margem e interesse menor no transporte e distribuição de gás, face a outros segmentos como diesel.
A malha de dutos principal e secundária do Brasil é pouco representativa comparada com EUA, Japao, Russia, e Europa.
O desenvolvimento do setor fica excessivamente tolhido, limitado e interesses conflitantes da própria PB.