PETROBRÁS PODERÁ PRODUZIR ATÉ 15,2 BILHÕES DE BARRIS ADICIONAIS NA CESSÃO ONEROSA
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou a contratação da Petrobrás para a produção do volume excedente do que previa o contrato anterior sob regime de cessão onerosa em quatro áreas do pré-sal – Búzios, Entorno de Iara, Nordeste de Tupi e Florim. Com o novo acordo, que inclui um bônus de R$ 2 bilhões a ser pago ainda em 2014, a Petrobrás poderá produzir até 15,2 bilhões de barris adicionais, caso as estimativas mais otimistas da ANP sejam confirmadas. A notícia de ampliação das reservas da petroleira não caiu bem no mercado, e as ações da empresa fecharam o pregão em queda nesta terça (24), provavelmente afetadas pelo detalhe de que ela precisará desembolsar um total de R$ 15 bilhões para o governo até o fim de 2018 (entre bônus e antecipação de excedente em óleo).
O contrato aprovado pelo governo terá vigência de 35 anos, sob o regime de partilha, com percentuais de excedente em óleo da União que variam de uma área para outra, sendo 47,42% em Búzios, 48,53% em Entorno de Iara, 46,53% em Florim e 47,62% em Nordeste de Tupi.
Além disso, o acordo prevê que a Petrobrás deverá pagar mais R$ 13 bilhões, referentes ao excedente em óleo, de maneira antecipada. As parcelas a serem pagas serão divididas da seguinte forma: R$ 2 bilhões em 2015, R$ 3 bilhões em 2016, R$ 4 bilhões em 2017 e R$ 4 bilhões no ano de 2018.
“A Petrobrás considera que os parâmetros aprovados pelo CNPE conferirão a este projeto (excedente da cessão onerosa) condições equivalentes de atratividade em comparação ao que se espera do campo de Libra”, afirmou a estatal em comunicado ao mercado.
As estimativas da ANP indicam que as quatro áreas podem conter volumes adicionais entre 9,8 e 15,2 bilhões de barris de óleo equivalente, sendo entre 6,5 bilhões e 10 bilhões de barris em Búzios; 2,5 bilhões e 4 bilhões de barris em Entorno de Iara; 500 milhões e 700 milhões em Nordeste de Tupi; e 300 milhões e 500 milhões em Florim.
A Petrobrás informou ainda que a evolução das estimativas sobre o volume de óleo recuperável, custos, investimentos e cronograma dos sistemas de produção oriundos dos volumes excedentes serão divulgados à medida que os contratos de partilha sejam assinados e iniciem as atividades sob este regime, em coexistência aos projetos já em desenvolvimento da cessão onerosa. “Não haverá modificação no planejamento do desenvolvimento dos 5 bilhões de barris de óleo equivalente contratados sob cessão onerosa e/ou no processo de revisão previsto no contrato de cessão onerosa”, afirma o comunicado assinado pelo diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa (foto).
Além disso, a estatal afirma que os compromissos a serem assumidos com o novo acordo não vão impactar “materialmente” os seus resultados e indicadores de financiabilidade.
Hoje foi anunciado que a repsol encontrou 350 milhoes de barris. Provavelmente suas acoes devem ter subido. Ja a petrobras podera obter 15 bilhoes de barris em suas reservas e suas acoes baixam! Estranho esse mercado…. Que empresa no mundo pode incluir 15 bilhoes em seu portfolio ? A resposta e nenhuma. Mas, com certeza, a fortaleza de um ffuturo com uma reserva de 30 bilhoes de barris sera bem mais significativa que as atuais especulacoes do mercado. Muito. Muito estranhas…