PETROBRÁS QUER HIBERNAR FÁBRICAS DE FERTILIZANTES QUE REPRESENTARAM 57,7% DAS IMPORTAÇÕES DE PRODUTOS QUÍMICOS
A Petrobrás quer hibernar suas fábricas de fertilizantes, mas esses produtos representaram 17,3% (US$ 618,8 milhões) das importações brasileiras de produtos químicos do país em janeiro desse ano. O total das importações brasileiras de produtos químicos totalizaram US$ 3,6 bilhões em janeiro de 2019, o que representa um aumento de 7,3% na comparação com dezembro passado e de 13% na comparação com janeiro de 2018. As importações mensais em produtos químicos têm sido superiores a US$ 3 bilhões, desde abril de 2018. O grupo de produtos fertilizantes representam 57,7% em relação às importações desses produtos em janeiro passado. Já as exportações de produtos químicos, de US$ 1 bilhão, registraram queda de 17% na comparação com janeiro de 2018. As resinas termoplásticas continuaram como os produtos químicos mais exportados pelo País, representando 16,4% (US$ 171,4 milhões) das vendas externas brasileiras de produtos químicos, apesar do recuo de 7% do valor exportado na comparação com o mesmo período do ano passado.
O resultado da balança comercial de produtos químicos indicou um déficit de US$ 2,5 bilhões em janeiro, recorde para meses de janeiro em toda a série histórica de acompanhamento deste indicador, e de US$ 30,2 bilhões nos últimos doze meses (fevereiro de 2018 a janeiro de 2019). Segundo o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo(foto), é necessária atenção ao preço do gás natural no Brasil, três vezes superior ao preço norte-americano. “No segmento de fertilizantes, que causa o maior déficit da balança comercial de químicos, o gás natural é usado como energia e matéria-prima e representa cerca de 85% do custo dessas plantas. É necessário que o custo de energia e insumos permitam às empresas brasileiras competirem no mercado nacional e internacional, caso contrário o Brasil continuará a ser mercado de desova de produtos excedentes de outros países”.
Com o preço do gás no Brasil não há fabrica que funcione e para o governo e para o senhor Castello Branco, parece ser melhor importar mais ainda fertilizantes. Pior é que o cliente compra o insumo do próprio dono que não pensa na integração empresarial e analisa cada negócio per si, como unidade independente. Esta é a razão do anuncio da venda de ativos que quebram a cadeia do poço ao poste. Talvez até haja uma razão se de fato houver migração das compras de proteínas e agricultáveis feitas pela China do Brasil para os EUA, como anunciado por… Read more »
O gás da Bolívia, transferido a preços internos lá praticados e adicionado da tarifa de transporte, pode ser retirado para as FAFENs, na Bahia e Sergipe, sem intermediação da Petrobras, tornando o custo da matéria prima sustentável para o negócio, permitindo operação com resultado positivo e sem desindustrializar – ainda mais – os dois estados nordestinos, além de reduzir o déficit na balança comercial.