PETROBRÁS QUER REDUZIR EM 75% OS FURTOS EM DUTOS ATÉ 2021

A Petrobrás lançou nesta sexta-feira (7), em sua sede, no Rio de Janeiro, um programa para tentar reduzir o índice de roubo de combustíveis em seus dutos. A meta da empresa é diminuir em 75% a ocorrência desse tipo de crime até 2021. Para isso, a companhia assinou protocolos de intenção com os governos de Rio de Janeiro e São Paulo – estados onde há maior número de roubos.

Nos últimos dois anos, o furto de combustíveis na malha dutoviária da companhia saltou 250%. Em 2016 foram 72 casos. O número pulou para 261 ocorrências em 2018 (sendo 151 em São Paulo e 69 no Rio de Janeiro). Somando os quatro últimos anos, as perdas da Petrobrás ganham números e contornos ainda mais alarmantes: foram R$ 600 milhões em prejuízo e mais de 42 milhões de litros furtados. O roubo de combustível também resultou em pelo menos 8.600 horas de paralisação das operações de fornecimento.

O presidente da estatal, Roberto Castello Branco (foto), lembrou que o crime também prejudicou o abastecimento da aviação no país. “Tivemos o fornecimento do combustível paralisado  por dois dias no Aeroporto de Guarulhos. Em Brasília, foram três dias de abastecimento prejudicado, que teve que ser abastecido por caminhões. Por isso, é importante o lançamento desse programa”, afirmou hoje, durante o lançamento do programa.

Também estiveram presentes na cerimônia o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Décio Oddone, o presidente da Transpetro, Antonio Silvino, e autoridades de Rio e São Paulo.

As consequências do furto de combustível vão além do prejuízo financeiro. Para lembrar, a menina Ana Cristina Pacheco Luciano, de apenas 9 anos, teve 80% do corpo queimado e morreu após vazamento – provocado por roubo de gasolina – de um duto da Transpetro, em Duque de Caxias. “É importante também uma tipificação específica para esse tipo de crime estabelecendo penas pesadas para quem atenta contra os nossos dutos”, opinou Castello Branco.