PETROBRÁS REALIZA OPERAÇÃO INÉDITA PARA INTEGRAÇÃO DA P-55 NO ESTALEIRO RIO GRANDE

A Petrobrás realizou uma operação inédita no Brasil e colocou o país à frente da indústria naval mundial. A integração (deck mating) da parte superior (deckbox) com o casco da plataforma semissubmersível P-55 foi feita através de um içamento de uma estrutura de 17 mil toneladas, levada a 47,2 metros de altura. A parte superior da plataforma foi içada para que encaixasse no casco da semissubmersível, e, de acordo com a estatal, esta foi a maior operação do tipo já realizada no mundo.

A plataforma está sendo finalizada no Polo Naval do Rio Grande (RS), onde ainda serão realizadas as instalações dos módulos e as integrações dos sistemas. Quando estiver totalmente concluída, a semissubmersível será levada para o campo de Roncador, na Bacia de Campos, com previsão de iniciar a operação em setembro de 2013. A capacidade produtiva da estrutura é de 180 mil barris de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.

Para concluir a operação de içamento, a estatal conta ter utilizado um sistema com 12 torres, ligadas a 24 macacos hidráulicos, cada um com capacidade de erguer até 900 toneladas. Além disso, também foram necessários 24 conjuntos de 54 cabos de aço cada. Cada cabo com 18 milímetros de diâmetro e 60 metros de comprimento, totalizando cerca de 77 quilômetros.

A magnitude da operação fez com que nomes de peso, como a própria presidente da Petrobrás, Graça Foster, estivessem presentes para observar a atividade. “É a primeira vez que um deck mating – integração de módulos e casco – é feito desta maneira. O deckbox, que pesa 17 mil toneladas, foi elevado a mais de 40 metros e colocado sobre o casco. Usualmente, o que se faz é abaixar o casco. A P-55 e os oito FPSOs replicantes, a serem construídos aqui, serão obras de referência nacional e internacional.”, afirmou Graça.

O Polo Naval do Rio Grande também vai abrigar a construção dos FPSOs replicantes, que, de acordo com a companhia, serão concebidos segundo parâmetros de simplificação de projetos e padronização de equipamentos. “A produção, em série, de cascos idênticos permitirá maior rapidez no processo de construção, ganho de escala e a consequente otimização de custos”, explica a Petrobrás.