PETROBRÁS REDUZ PREVISÕES DE INVESTIMENTOS E VENDA DE ATIVOS PARA 2018
Na primeira apresentação de balanço financeiro da Petrobrás sob o comando de Ivan Monteiro, o executivo deu alguns recados ao mercado sobre como pretende moldar sua gestão. Seguindo a estratégia de Pedro Parente, o foco vai continuar sendo a redução da dívida, com a venda de ativos estratégicos para empresas estrangeiras. Monteiro revelou que a previsão de arrecadação com parcerias e desinvestimentos em 2018 caiu para US$ 7 bilhões, ante um volume de US$ 11 bilhões anunciado em maio desse ano. “Já recebemos em caixa, especificamente no plano de parcerias e desinvestimentos, US$ 5 bilhões, integralmente utilizados no abatimento de nossa dívida. A expectativa é receber ainda mais US$ 2 bilhões“, afirmou o presidente.
O executivo ressaltou que há ainda diversos processos de venda em andamento e alguns interrompidos por decisões da Justiça. Para lembrar, no dia 3 de julho, foi proferida decisão cautelar pelo Supremo Tribunal Federal que questionou dispositivos da Lei das Estatais (Lei 13.303/2016), suspendendo os processos competitivos para formação de parcerias em refino e que resultem em alienação de controle. Com isso, os seguintes desinvestimentos estão suspensos: Araucária Nitrogenados S.A.; Transportadora Associada de Gás (TAG) – este processo já estava suspenso em razão de decisão da 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região; e parcerias nas refinarias Landulpho Alves (RLAM) e Abreu e Lima (RNEST), bem como nas refinarias Alberto Pasqualini (REFAP) e Presidente Getúlio Vargas (REPAR), por meio da criação de subsidiárias, e posterior alienação de suas ações.
A companhia manteve a meta de alcançar a meta de desalavancagem, medida pela relação entre dívida líquida/Ebitda, de 2,5 até o fim de 2018. Já em relação ao volume de investimentos previstos ao longo de todo o ano, a previsão anterior de US$ 17 bilhões caiu agora para US$ 15 bilhões. “Nossa previsão é um número um pouco abaixo do que declaramos no início do ano, porém está mantida o investimento previsto para o horizonte do plano de negócios 2018-2022 [de US$ 74,5 bilhões]“, afirmou o executivo.
Uma pena deixar de investir nas acumulações do pré-sal, apenas para manter a alavancagem de 2,5, facilmente atingível num prazo curto, como demostram os números corroborando as nossas assertivas prévias. Espero que também não se repita o erro da “majors” de priorizar o pagamento excessivo de dividendos, no curto prazo, sacrificando os mesmos, os potenciais, de longo prazo, como os que serão provenientes dos investimentos em produção da cessão onerosa, sem a venda de parte dela (70%), como proposto no projeto do deputado donatário e deletério Aleluia. Se vender os 70% conforme proposto no projeto, o fará por preço de… Read more »