PETROBRÁS REGISTROU R$ 26,6 BILHÕES DE LUCRO LÍQUIDO NO SEGUNDO TRIMESTRE E PAGAMENTO DE 8,6 BILHÕES EM DIVIDENDOS
A Petrobrás anunciou, na noite desta quinta-feira (7), que seu lucro líquido no segundo trimestre de 2025 foi de R$ 23,2 bilhões. O valor representa queda de 24,3% em relação ao trimestre anterior, mas reverte o prejuízo de R$ 2,6 bilhões registrado no mesmo período de 2024. O EBITDA Ajustado, desconsiderando eventos exclusivos do trimestre, somou R$ 57,9 bilhões — redução de 7% frente aos três primeiros meses do ano.
Segundo a estatal, a queda no lucro em relação ao primeiro trimestre ocorreu, principalmente, devido à menor contribuição dos ganhos com valorização cambial no fim do período. Já a redução do EBITDA Ajustado foi influenciada pela queda de 10% no preço do Brent e pelo aumento das despesas operacionais, especialmente por conta dos gastos com o Acordo de Individualização da Produção (AIP) da jazida compartilhada de Jubarte.
No segmento de Exploração e Produção (E&P), o lucro bruto no segundo trimestre atingiu R$ 44,2 bilhões, retração de 8,8% em comparação com os R$ 48,5 bilhões do trimestre anterior. O resultado foi afetado principalmente pela queda na cotação do Brent, parcialmente compensada pelo aumento da produção e pela redução da participação governamental. Já o O lucro operacional de E&P foi de R$ 33,7 bilhões, queda de 23,8% ante o trimestre anterior, impactado pelo aumento das despesas relacionadas à provisão da equalização de gastos e volumes do AIP de Jubarte.
Em 30 de junho de 2025, a dívida bruta da companhia chegou a US$ 68,1 bilhões, alta de 5,5% em relação a 31 de março. O crescimento foi impulsionado pelas captações de US$ 2,6 bilhões no período e pelo início da operação do FPSO afretado Alexandre de Gusmão (Mero 4), que acrescentou US$ 1,1 bilhão (parcela Petrobrás) ao endividamento. A dívida líquida somou US$ 58,6 bilhões, aumento de 4,5% em relação ao fim do primeiro trimestre.
A companhia também anunciou que seu Conselho de Administração aprovou o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) intercalares no valor total de R$ 8,66 bilhões, correspondentes a R$ 0,67192409 por ação ordinária e preferencial em circulação. O montante será pago como antecipação da remuneração aos acionistas referente ao exercício de 2025, com base no balanço de 30 de junho. Segundo a estatal, o pagamento está em conformidade com a Política de Remuneração aos Acionistas, que prevê a distribuição de 45% do fluxo de caixa livre sempre que o endividamento bruto estiver igual ou inferior ao limite definido no Plano de Negócios vigente — atualmente, US$ 75 bilhões. O pagamento será realizado em duas parcelas, nos meses de novembro e dezembro de 2025.
INVESTIMENTOS
Os investimentos entre abril e junho totalizaram US$ 4,4 bilhões, alta de 9% frente ao trimestre anterior. Apenas no segmento de E&P, foram US$ 3,7 bilhões, com foco no desenvolvimento da produção do polo pré-sal da Bacia de Santos (US$ 1,7 bilhão), incluindo o ramp-up do FPSO Almirante Tamandaré (Búzios 7) e a construção de novos FPSOs para o campo de Búzios (Búzios 6, 8, 9 e 11). Também receberam recursos o desenvolvimento da produção do pré e pós-sal da Bacia de Campos (US$ 0,9 bilhão) e os projetos exploratórios (US$ 0,5 bilhão).
No segmento de Refino, Transporte e Comercialização, os investimentos no segundo trimestre foram de US$ 510 milhões, aumento de 26,5% em relação ao primeiro trimestre. Já no segmento de Gás e Energias de Baixo Carbono, os aportes somaram US$ 70 milhões, crescimento de 20,5% no mesmo comparativo.
“Tivemos uma excelente performance operacional no segundo trimestre, impulsionada pela implementação de novos sistemas de produção e por uma melhoria na eficiência dos campos em operação. Esses fatores nos permitiram aumentar o volume de óleo e gás, refletindo positivamente nos resultados financeiros e mitigando os impactos da queda no preço do Brent. O lucro líquido, desconsiderando os eventos exclusivos do período, manteve-se no patamar do trimestre anterior, quando operamos com um Brent 10% maior”, disse Fernando Melgarejo, Diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobrás.
Veja abaixo um resumo financeiro da companhia:
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