PETROBRÁS RESCINDE CONTRATO COM GALVÃO E SINOPEC PARA CONSTRUÇÃO DE UNIDADE DE FERTILIZANTES EM TRÊS LAGOAS
As obras da Petrobrás parecem estar seguindo um ritmo similar por todo país. Discussões contratuais, negociação de aditivos e, por fim, disputas judiciais. O mesmo acontece agora com a construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III – UFN III, em Três Lagoas (MS). Depois de longos questionamentos dos dois lados, o contrato com o Consórcio UFN3, formado pelas empresas Sinopec e Galvão Engenharia, foi rescindido.
O consórcio cobrava o pagamento de aditivos, enquanto a Petrobrás não reconhecia custos que as empreiteiras alegavam ter além do previsto inicialmente. Quem mais vinha sendo afetado era o elo mais fraco da cadeia, os trabalhadores, que vêm há meses tentando receber parte de seus direitos trabalhistas que não foram pagos.
A Petrobrás mantém a postura de outros casos e “ressalta que está em dia com todos os pagamentos e compromissos previstos no contrato”. Além disso, como a questão gera um efeito em cadeia, deixando rastros de dívidas com operários e subfornecedores, a estatal afirma que “está atenta às consequências da inadimplência do Consórcio UFN3 com trabalhadores e fornecedores e está tomando todas as medidas ao seu alcance para que o consórcio cumpra com suas obrigações legais”.
Enquanto isso, além das empresas que atuaram de alguma forma fornecendo bens e serviços para o projeto, boa parte dos 5,3 mil trabalhadores demitidos vem buscando formas de receber seus direitos.
Segundo a companhia, as obras de construção da UFN III encontram-se 82% concluídas, mas ainda não há um novo prazo previsto para a conclusão do projeto, que inicialmente deveria entrar em operação em setembro deste ano, mas já havia sido postergado para junho de 2015.
A planta de fertilizantes produzirá anualmente 1,2 milhão de toneladas de ureia e 70 mil de toneladas de amônia, atendendo preferencialmente os mercados dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Paraná.
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