PETROBRÁS REVELA QUE ESTÁ FAZENDO MEDIÇÕES DE VENTOS EM SUAS PLATAFORMAS HÁ 10 ANOS, DE OLHO NA GERAÇÃO EÓLICA
Mesmo que a Petrobrás tenha anunciado na gestão Roberto Castelo Branco que abandonaria todos os seus investimentos para se dedicar exclusivamente à exploração e produção de óleo e gás, sabe-se agora que ela nunca deixou de ficar de olho na geração de energia. Muito provavelmente sem o conhecimento do presidente da época. Pelo menos é o que se compreende do comunicado divulgado pela companhia informando que, há 10 anos, realiza medições dos ventos em suas plataformas, de olho na geração de energia: “Um dos passos necessários para o desenvolvimento de projetos de energia eólica em alto mar é executar um Estudo de Potencial de Energia Eólica Offshore, que requer uma campanha de medição”. O Diretor Carlos Travassos disse que a Petrobrás está conduzindo a maior campanha de mapeamento de energia eólica do Brasil.
Durante a realização do World Petroleum Congress, em Calgary, no Canadá, o Gerente Executivo de Reservatórios da Petrobrás, Tiago Homem, participou da sessão estratégica “Impulsionando a Inovação em um mundo neutro em emissões: principais desafios em pesquisa & desenvolvimento“. Ele abordou as tecnologias aplicadas pela Petrobrás para a descarbonização das suas operações, em especial o Carbon Capture, Utilization and Storage (CCUS): “A Petrobrás atualmente tem o maior projeto de captura e armazenamento de CO2 do mundo. No ano passado, a companhia bateu recorde mundial ao reinjetar 10,6 milhões de toneladas de CO2 nos reservatórios do pré-sal, o equivalente a 25% do total reinjetado pela indústria global em 2022. Esse projeto contribui para a Petrobras viabilizar a produção de petróleo com menor emissão por barril produzido – cerca de 40% menos emissões na produção do que a média mundial: “Vamos envidar esforços para adaptar nossos processos e torná-los menos emissores, assim como aumentar nossos investimentos em tecnologias de renováveis. Porém, acreditamos que para uma transição justa e inclusiva, será necessário manter muitos processos onde CCUS desempenhará um papel crucial para conter as emissões”, ressaltou.
O executivo também abordou a importância da eficiência em um cenário de transição energética. Nesse contexto, lembrou o exemplo do programa de revitalização dos campos de Marlim e Voador(foto a direita), na Bacia de Campos (RJ). No projeto, as nove plataformas da Petrobrás que operavam no campo estão sendo substituídas por apenas duas, os FPSOs Anna Nery e Anita Garibaldi. Como reflexo do projeto, a companhia prevê reduzir mais 50% das emissões de carbono associadas à produção dos campos.
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