PETROBRÁS REBATE CRÍTICAS DE SÓ CONVIDAR EMPRESAS ESTRANGEIRAS USANDO O ESTILO TRUMP PARA SE DEFENDER | Petronotícias




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PETROBRÁS REBATE CRÍTICAS DE SÓ CONVIDAR EMPRESAS ESTRANGEIRAS USANDO O ESTILO TRUMP PARA SE DEFENDER

parenteDiante de tantas críticas que recebeu pela escolha deliberada de 30 empresas estrangeiras para o término da construção da Unidade de Processamento de Gás Natural do Comperj, a Petrobrás divulgou na tarde desta segunda-feira (23)uma nota dura, inspirada no estilo Donald Trump, tentando se defender da decisão que tomou dando preferência às empresas internacionais. O próprio presidente da companhia, Pedro Parente, já havia reagido depois das primeiras críticas que recebeu, dizendo que era um “ranço ideológico”. Agora, a estatal considera que são “argumentos simplistas sobre uma inexistente preferência por empresas estrangeiras versus empresas brasileiras ”.

A nota da Petrobrás não muda a sua decisão, que continua privilegiando as empresas internacionais, algumas delas também envolvidas em escândalos de corrupção em seus países, o mesmo motivo pelo qual a companhia estatal suspendeu preventivamente 28 empresas brasileiras, mesmo sem culpa configurada sobre todas elas. A nota defende que 21 das 30 companhias internacionais já atuam no Brasil. E é verdade, mas as suas atuações no mercado brasileiro sempre foram tímidas, quase pálidas. Para que as empresas brasileiras participem, terão que ser usadas como empresas subcontratadas, onde a relação profissional é muito diferente do que quando se há harmonia e equilíbrio no contrato.

Na nota, a Petrobrás considerou  que as críticas  eram “desrespeitosas aos milhões de brasileiros que neste momento buscam trabalho”. Uma afirmação ambígua, pois é a própria Petrobrás que luta, em conjunto com as outras grandes petroleiras que atuam no Brasil, pela quebra do conteúdo nacional e faz pressão junto ao governo federal e à ANP para que os empregos sejam levados para fora do Brasil.

Veja a íntegra da nota da companhia, que surpreendeu pelo tom agressivo e contraditório com as ações da empresa:

A recuperação da economia brasileira passa pela retomada de investimentos e geração de empregos. As discussões sobre as melhores políticas para alcançar esse consenso são sempre bem-vindas, mas argumentos simplistas sobre uma inexistente preferência por empresas estrangeiras versus empresas brasileiras nessa retomada não colaboram, além de serem desrespeitosos aos milhões de brasileiros que neste momento buscam trabalho.

A Constituição não diferencia empresas de acordo com a origem de seu capital. Criticar a Petrobras por convidar empresas estrangeiras para retomar as obras de escoamento de gás do pré-sal que serão feitas no Comperj, no Rio de Janeiro, é tão absurdo quanto dizer que todos nós dirigimos carros importados fabricados em São Bernardo, Betim ou Resende por empresas que estão estabelecidas no Brasil há décadas. O emprego gerado por essas companhias é tão necessário e tão bem-vindo quanto qualquer outro. A disposição do setor privado em investir colabora para que o país saia da mais longa recessão da nossa história provocada por experimentos que, travestidos de apoios e estímulos, se provaram fracassados.

É preciso analisar fatos. Vamos a eles:

– atualmente, 20 das maiores empresas com atuação na área de engenharia e obras estão proibidas de contratar com a Petrobras por envolvimento em irregularidades investigadas pela Operação Lava-Jato e não foram convidadas por esse motivo, estando o seu retorno a futuros convites vinculado à assinatura de acordos de leniência e avaliações de integridade realizadas pela área de Conformidade da Petrobras;

– mesmo diante dessa limitação, a definição dos convidados para a licitação da central de processamento de gás envolveu mais de 50 empresas;

– destas, 23 foram desclassificadas por apresentarem um patrimônio líquido ou risco financeiro incompatível com o porte da obra;

– a participação de empresas locais de menor porte está prevista no edital da licitação para a unidade de processamento de gás por meio da exigência de que empresas estrangeiras que atuem em consórcios tenham, obrigatoriamente, como primeiro parceiro uma empresa nacional;

– o edital também incentiva o estabelecimento de novos investidores no país ao permitir que uma companhia sem sede no Brasil que eventualmente ganhe a licitação possa ceder os direitos da obra para uma subsidiária que seja constituída no país;

a lista final com empresas convidadas a apresentar propostas é formada majoritariamente por companhias que estão estabelecidas no Brasil (21 empresas). São parceiros do país na geração de emprego e renda aqui dentro e passaram por avaliações internas de integridade;

– por fim, a Petrobras reafirma sua política de buscar parceiros locais como prioridade, como já vem fazendo em vários processos de contratação em andamento, caso da planta de retirada de enxofre (SNOX) na refinaria Abreu e Lima (RNEST). No caso da central de escoamento de gás do pré-sal, fatiar a obra em vários contratos de menor valor com o objetivo único de garantir concorrentes de capital nacional aumentaria custos, riscos técnicos e de interface entre esses diversos contratos, situação contrária à necessidade de viabilizar novos investimentos ao país.”

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Luciano Seixas Chagas
Visitante
Luciano Seixas Chagas

Quando alguém não quer dizer qualquer coisa diz: isso, aliás, finalmente, nada. É este o discurso dos que dirigem atualmente a Petrobras. O primeiro problema que desponta é a maneira obscura, absolutamente intramuros, opaca mesmo, e mui prepotente, como são tomadas as decisões na maior empresa brasileira. Se ela expusesse livremente e claramente as suas necessidades e competências para cada obra, ou etapa de obra a ser concluída, e provasse que o conjunto não poderia ser feito no Brasil por falta ou ausência de qualificação das empresas brasileiras, até a situação poderia ser compreendida e trabalhada, no sentido que os… Read more »

Pedro Jara A
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Pedro Jara A

Interessante o argumento do DR Luciano, mais neste momento não temos nenhuma empresa Brasileira de fazer um Projeto de Engenharia desde a Etapa Básica/ detalhamento até as Built, temos empresas montadoras com nome equivocadamente de Engenharia. Como neste momento não temos empresas que tem Know How, é totalmente justificável que sejam empresas estrangeiras que poderão fazer projetos industriais com requerimento de que contratem brasileiros para trabalhar, pois determinados serviços podem ser perfeitamente feitos aqui incluindo a montagem.
Pedro Jara
Advogado

Luciano Seixas Chagas
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Luciano Seixas Chagas

Eu como geólogo/geofísico e o senhor Dr. Pedro Jara, advogado, temos informações e modus operandi diferentes, a julgar pela opinião colocada por ti. Data vênia como ambos não somos especialistas no tema substantivo da discussão, nos restou obter informações e emitir opiniões com um mínimo de qualificação. Já participei de diversos projetos integrados, multi-especialidades, durante toda a minha vida laboral, dentro e fora da Petrobras, e sempre encontramos soluções mesclando os conhecimentos que impactam os projetos e sempre obtemos soluções inovadoras para os problemas colocados, priorizando os empreendimentos nacionais (“since the basic design to the building itself”). Ressalto que os… Read more »

salomao paulo silva de araujo
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salomao paulo silva de araujo

concordo luciano ,falou muito bem melhor que o presidente DA PETROBRAS.PARENTE.

alexandre lozano
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alexandre lozano

Apenas uma pequena correção. Se Parente falasse como Trump, ele definitivamente não permitiria empresas multi nessa concorrência. Trump pode até ser louco, mas é nacionalista.

joão batista de assis pereira
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joão batista de assis pereira

ILEGALIDADE CONTINUADA NA PETROBRAS – A TROCA DO GOVERNO NÃO TEM SIDO SUFICIENTE PARA COLOCAR A PETROBRAS NO RUMO DA LEGALIDADE NA CONDUÇÃO DOS SEUS NEGÓCIOS. https://www.linkedin.com/pulse/ilegalidade-continuada-na-petrobras-jo%C3%A3o-batista-assis-pereira?trk=pulse_spock-articles PETROBRÁS COMETE ILEGALIDADE AO FAZER PRESSÃO PARA DESCUMPRIR CONTEÚDO LOCAL DE LIBRA E VEDAR PARTICIPAÇÃO DE EMPRESAS NACIONAIS NAS GRANDES LICITAÇÕES. A Petrobras quando sinaliza que vai mexer nos procedimentos internos voltados a contratação de bens e serviços nos deixa a todos apreensivos. Abre-se uma janela no campo das facilidades a titulo de desburocratizar ou destravar o sistema que está sempre emperrado e amplia o risco de adentrar pela porta da frente a… Read more »