PETROBRÁS TRABALHA EM NOVO PLANO ESTRATÉGICO PARA 2030
O comando da Petrobrás está envolvido com um novo plano estratégico de longo prazo, que deve revisar as diretrizes apontadas no plano 2030 lançado pela ex-presidente Graça Foster, em 2014. A ideia é fazer um ajuste criterioso, a partir da nova realidade orçamentária e dos novos focos de atuação traçados pela gestão atual. As mudanças nas previsões e na estratégia devem passar também pela redução das perspectivas de crescimento na produção e no refino, em linha com o que já foi apresentado no plano 2015-2019.
As informações foram dadas pelo presidente do conselho da Petrobrás, Murilo Ferreira, em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, em que apontou o plano de longo prazo como uma espécie de “bíblia” que toda empresa deve ter, alinhada com as necessidades e as limitações de cada orçamento.
Ferreira falou ainda que a meta de planejamento daqui para frente é ter o orçamento do ano seguinte já desenhado em dezembro, aprovando os números da forma mais detalhada possível, incluindo as indicações dos projetos que devem constar, do que pode ser acelerado e do que deve passar por contingências.
A previsão de produção para o ano de 2030 já havia sido cortada de 4,2 milhões de barris por dia para 2,8 milhões de barris por dia, assim como o cenário do refino deverá ser bastante impactado nesse novo plano, já que o Comperj está paralisado, a Rnest foi afetada, com adiamento inicial para 2018, e as refinarias Premium foram canceladas, de modo que a meta anterior, de 3,9 milhões de barris refinados por dia em 2030, ficará inviável.
Ele não mencionou valores, mas provavelmente as projeções de investimentos deverão seguir o novo patamar estabelecido pelo plano deste ano, que sofreu um corte de 40% em relação ao do ano anterior, com a previsão de R$ 130 bilhões até 2019, incluindo a venda de R$ 57 bilhões em ativos até 2018.
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