PETROBRÁS VOLTA A INVESTIR EM GERAÇÃO DE ENERGIA, APAGANDO DE VEZ O LEGADO DE CASTELO BRANCO NA PRESIDÊNCIA DA EMPRESA | Petronotícias





PETROBRÁS VOLTA A INVESTIR EM GERAÇÃO DE ENERGIA, APAGANDO DE VEZ O LEGADO DE CASTELO BRANCO NA PRESIDÊNCIA DA EMPRESA

plaaformaDepois da decisão do ex-presidente Roberto Castelo Branco de afastar a Petrobrás de todos os investimentos que não fosse prospecção e exploração petróleo, a empresa voltou a enxergar a energia com mais foco e iniciou a instalação de dispositivos de medição LIDAR (Light Detection and Ranging) em seis plataformas localizadas em águas rasas no litoral dos estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Espírito Santo. Os equipamentos integram novas campanhas de medição eólica, que serão realizadas ao longo de três anos. Os dados coletados permitirão a elaboração de uma avaliação detalhada em diferentes áreas do país com elevado potencial para desenvolvimento de parques eólicos offshore.  Os sensores LIDAR serão alimentados por placas solares ou pelos sistemas próprios das próprias plataformas. O sensor óptico LIDAR utiliza feixes de laser para medir a velocidade e direção do vento, de 30 a 200 metros de altura, gerando dados compatíveis ao ambiente de operação das turbinas eólicas. O primeiro equipamento foi instalado e está operando na plataforma fixa PAG-2 no Rio Grande do Norte. O início das novas campanhas de medição se dá 10 anos após a validação da tecnologia na mesma plataforma, com instalação da primeira torre anemométrica no mar do Brasil, o que permitiu a demonstração do potencial de utilização da tecnologia LIDAR para medição do vento em plataformas e a elaboração do primeiro Atlas do Potencial Eólico Offshore na região, que era o objetivo da pesquisa. Os outros cinco sensores serão instalados ao longo dos próximos 12 meses.

A instalação do LIDAR na PAG-2, há uma década, mostra que a Petrobrás é uma empresaprates inovadora, que sempre buscou superar a barreira do conhecimento. Estamos focados no que há de mais moderno em tecnologias para produção de energias e investimos em pesquisa e desenvolvimento, ligadas à transição energética justa e inclusiva, visando o futuro da companhia. O mundo segue nessa direção e nosso propósito é abrir uma nova fronteira de energia limpa e renovável no Brasil, aproveitando a expressiva diversidade de fontes energéticas do nosso país”, disse o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates.

O diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da empresa, Maurício Tolmasquim, explica que além de ser mais ágil, a instalação dos equipamentos em plataformas da companhia reduz custos: “A campanha de medição é a primeira etapa para o desenvolvimento de projetos de energia eólica e o uso de equipamentos instalados nas plataformas fixas traz maior agilidade e menores custos aos estudos que, nesse caso, dispensam a instalação de torres anemométricas ou boias. Os dados obtidos a partir dessas medições permitirão definir o potencial para implantação de um parque eólico e, uma vez que ocorra um processo para outorga dos direitos sobre a área para geração de Mauricio-Tolmasquim-EPE-Consumo-energia-janeiro-2013energia, o projeto de engenharia e escolha das tecnologias mais adequadas.”

Além da nova iniciativa, em seis plataformas em águas rasas, na Plataforma de Rebombeio Autônoma  (PRA-1), na Bacia de Campos, uma campanha de medição por LIDAR está em curso desde 2020. A PRA-1 está instalada em local com cerca de 100 m de profundidade, a 120 km do litoral. As medições na PRA-1 permitirão aprimorar o conhecimento das características de longo prazo do vento, em uma região com muitas sinergias com as atividades de E&P da companhia. Em 2022 a Petrobrás deu início aos testes da tecnologia Bravo (Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore), no Rio Grande do Norte. A medição por boia é uma das alternativas às torres fixas de medição. O projeto vem sendo desenvolvido com recursos do programa de P&D da ANEEL e em parceria com o medidor ventoInstituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), do Rio Grande do Norte e o Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados (ISI-SE), de Santa Catarina. Espera-se que o desenvolvimento e uso desta tecnologia, inédita no país, possibilite   redução de custos de até 40% se comparados aos serviços disponíveis no mercado, hoje restritos à contratação no exterior.

Em 2018, a Petrobrás desenvolveu estudos para um projeto conceitual de engenharia para um primeiro piloto de energia eólica offshore do Brasil. Foram  firmadas parcerias com o SENAI do Rio Grande do Norte e as Universidades Federais do Rio Grande do Norte (UFRN), de Juiz de Fora (UFJF) e do Rio de Janeiro (UFRJ), para desenvolvimento de estudos sobre inserção da fonte eólica offshore no Brasil, que permitiram avaliar aspectos da cadeia de valor, dos sistemas elétricos de coleta e conexão à rede, das fundações adequadas às condições brasileiras e do recurso eólico offshore.

medidor-energia-1O projeto utilizou recursos do programa de P&D da ANEEL. Em 2013, a primeira torre anemométrica do país em ambiente offshore. A torre de 85 metros foi instalada inicialmente na Plataforma PAG-02, no Rio Grande do Norte, e posteriormente em três outras plataformas no Rio Grande do Norte e Ceará. Além de avaliar o perfil de velocidade do vento, essencial para a definição da altura de instalação dos aerogeradores, o teste de campo validou a capacidade de medição do LIDAR. Todas essas pesquisas geraram dados e informações que apoiarão as decisões de negócio da empresa em relação às atividades de eólica offshore.

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