PETROBRÁS VOLTARÁ AO MERCADO PARA CONTRATAR FPSO DE SERGIPE-ALAGOAS, DESTA VEZ NA MODALIDADE DE AFRETAMENTO

Uma nova licitação para o já aquecido mercado de FPSOs. O diretor de desenvolvimento de produção da Petrobrás, João Henrique Rittershaussen, declarou hoje (1º), durante o evento Petrobrás Day, que a concorrência para contratação da P-81, prevista para o projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP 1), será lançada nos próximos meses. Desta vez, a licitação ganhará um novo formato em comparação com o processo anterior e será realizado sob a modalidade de afretamento.

Para lembrar, a primeira tentativa de contratar a P-81 terminou sem sucesso. A concorrência foi realizada no chamado modelo BOT (build-operate-transfer). Nessa modalidade, a licitante vencedora constrói e opera o navio por um período inicial e, posteriormente, transfere a planta para a petroleira. A Ocyan fez a única proposta no processo, mas as negociações com a Petrobrás não avançaram.

O futuro FPSO P-81 está sendo projetado para produzir 120 mil barris de óleo/condensado por dia e escoar 8 milhões de m³ de gás natural por dia. A Bacia de Sergipe-Alagoas é a grande nova fronteira de desenvolvimento de produção de óleo e gás da Petrobrás.

Como noticiamos mais cedo, o novo plano de negócios da Petrobrás prevê um total de US$ 64 bilhões de investimentos para o segmento de exploração e produção. O valor é 12% maior em relação ao planejamento anterior, por conta da adição de novos projetos, como as licitações dos FPSOs Sépia 2 e Atapu 2; oportunidades em projetos complementares; e premissas macroeconômicas e de mercado e ajustes em projetos.

Rittershaussen também reforçou a previsão de que o FPSO P-71, que produzirá no campo de Itapu, deve entrar em operação ainda neste mês, com capacidade para 150 mil barris por dia. A embarcação já está no campo, com linhas interligadas e em processo de comissionamento. No período entre 2023 e 2027, a Petrobrás deve instalar um total de 18 novos FPSOs – sendo que 14 deles já estão contratados ou em processo de contratação.

Apesar desse reforço na nova frota de FPSOs, a companhia disse que a previsão de produção de óleo para 2024 e 2025 foi reduzida em aproximadamente 0,1 milhão de barris por dia, na comparação com o plano passado, por ajuste no cronograma de interligação de poços.