PETROBRÁS INICIA O PROCESSO DE CONTRATAÇÃO DE DOIS FPSOs, MAS CONTÉUDO LOCAL DA P-84 E P-85 PODE SOFRER MUDANÇAS
O andamento do processo de contratação de duas plataformas do tipo FPSO pela Petrobrás, para as jazidas compartilhadas de Atapu e Sépia, ganhou uma acelerada. A previsão de recebimento das propostas será julho de 2023 e o início da produção previsto para 2028. Após a segunda rodada de licitação dos volumes excedentes da cessão onerosa, a Petrobrás, operadora, passou a deter na jazida compartilhada de Atapu 65,7% de participação, a Shell 16,7%, a TotalEnergies 15%, a Petrogal 1,7%, e a União, representada pela Pré-Sal Petróleo – PPSA, 0,9% da jazida compartilhada de Atapu. Para a jazida compartilhada de Sépia, a composição é Petrobras (55,3%) como operadora, TotalEnergies (16,9%), Petronas Petróleo Brasil Ltda. (12,7%), QatarEnergy (12,7%), Petrogal (2,4%). Em ambas jazidas a Pré-Sal Petróleo S.A. – PPSA atua como gestora do contrato de partilha.
As plataformas P-84 (Atapu) e P-85 (Sépia) terão, cada uma, capacidade de produção diária de 225 mil barris de óleo por dia e processamento de 10 milhões de metros cúbicos de gás por dia. O projeto das plataformas, padronizado entre as duas unidades, representa um degrau de evolução tecnológica para a redução de emissões de gases de efeito estufa, com destaque para a introdução do conceito All Electric em projetos desse porte, que consiste em uma concepção de engenharia para geração mais eficiente de energia, fazendo uso da recente revisão dos limites de emissões prevista na resolução CONAMA 382/2006. Mas isso pode mudar e o ser elevado o índice de conteúdo nacional, de acordo com as diretrizes de um novo governo e um novo presidente da companhia, além de nova composição do seu Conselho de Administração.
O projeto tem a previsão de redução de 30% na intensidade de emissões de gases de efeito estufa por barril de óleo equivalente produzido. A redução se deve aos benefícios da configuração All Electric, de otimizações na planta de processamento para o aumento da eficiência energética e da incorporação de diversas tecnologias: zero ventilação de rotina (recuperação de gases ventilados dos tanques de carga e da planta de processamento), captação profunda de água do mar, uso de variadores de velocidade em bombas e compressores, cogeração (Waste Heat Recovery Unit), zero queima de rotina (recuperação de gases da tocha – flare fechado) e válvulas com requisitos para baixas emissões fugitivas e a captura, uso e armazenamento geológico do CO2 do gás produzido.
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