PETROCITY ENERGIA AVANÇA NO PROJETO DE TÉRMICA NO ESPÍRITO SANTO, QUE DEVE GERAR 3 MIL EMPREGOS

Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –

badinMuita expectativa por parte dos capixabas em torno de uma nova usina térmica de 1,8 GW que a Petrocity Energia planeja construir na cidade de São Mateus (ES). O empreendimento deve empregar cerca de 3 mil pessoas e receberá investimentos de R$ 6 bilhões. Pelos números, dá para imaginar o impacto positivo que o projeto terá na economia do estado. O presidente da Petrocity Energia, Ronaldo Badin, também destaca a importância do empreendimento para a infraestrutura do país. “A presença da usina vai trazer segurança energética para toda a região, juntamente com os modais de transporte, o desenvolvimento e a mão de obra. A térmica é uma âncora de desenvolvimento para toda a região”, afirmou. O executivo acrescentou ainda que o projeto técnico da termelétrica já está bem avançado e que aguarda a licença prévia para a usina no início do ano que vem, o que possibilitará a participação em leilões de energia. O entrevistado ainda comenta sobre os estudos sobre o fornecimento de gás natural para a planta e a contratação de mão de obra local.

Poderia começar nos atualizando sobre o andamento da parte técnica do projeto?

Sobre o aspecto técnico, estamos desenvolvendo o projeto, que está em uma fase bastante avançada. Estamos recebendo o apoio técnico da Mitsubishi Power, já que estamos falando de uma usina de grande porte. Nossa termelétrica está modelada em três módulos de 600 MW, totalizando 1,8 GW de potência. Para se ter ideia, isso representa todo o consumo do estado do Espírito Santo e ainda sobra alguma coisa. A energia da usina será negociada em um leilão e 100% vendida para o Sistema Integrado Nacional (SIN). O consumo de gás previsto para esse projeto é de 7 milhões de metros cúbicos por dia. A título de comparação, o estado do Espírito Santo inteiro consome pouco mais de 2 milhões de metros cúbicos por dia.

E em relação às questões de licenciamento e documentação? Como estão avançando nesse sentido?

Toda a documentação do imóvel está OK. Estamos também com o Termo de Referência aprovado pelo Ibama, já publicado no Diário Oficial. Com isso, estamos caminhando para conseguir as licenças. Assim que as tivermos em mãos, teremos um parceiro de grande porte para entrar conosco em um leilão. Temos pelo menos três parceiros selecionados: serão fornecedores de gás natural ou de energia. Já existem interessados em ofertar esse gás para a térmica.

Como será o fornecimento de gás natural para a planta?

A disponibilidade de gás para a térmica, em um primeiro momento, será provavelmente por meio de um navio regaseificador. Mas, ao todo, temos três opções: o GASCAC [Gasoduto Cacimbas-Catu], a monetização do gás da plataforma à frente [se referindo aos campos offshore do estado], além do já citado navio regaseificador. Tudo isso faz parte de um estudo. Estamos contratando uma empresa especializada para definir o que é melhor, em função da nova legislação do gás natural do governo federal.

Qual a expectativa em relação ao licenciamento e início das obras?

Deveremos ter a Licença Prévia já no começo do ano. A partir daí, pretendemos participar dos próximos leilões que vão acontecer no ano que vem. E aí, participando desse leilão e sendo vencedor, vamos começar a obra um ano depois.

Há a previsão de contratação de mão de obra local para participar da construção?

Pretendemos contratar o segundo, o terceiro e o quarto escalão da obra na região. Teremos oferta de treinamento 15 dias antes da entrada no canteiro de obras. Temos todo um aspecto voltado para isso, que inclusive está sendo detalhado.

Qual será o impacto da usina para a matriz energética brasileira?

Com o desenvolvimento do país, vamos passar a demandar bastante energia. E a posição da nossa térmica, equilibrando o Sudeste e Nordeste, será estratégica para o centro de gravidade da energia. Por outro lado, teremos uma oferta bem grande de gás, que precisa ser resolvida. A nossa térmica é uma das oportunidades de consumo desse combustível. Ela é uma unidade estruturante para o governo, como um todo.

Na hora que a usina entrar em operação, vamos fazer a oferta de energia para empresas que virão para o sítio industrial atrás do Centro Portuário de São Mateus. Vamos poder oferecer toda a matriz energética e os insumos necessários – energia, gás natural, água quente e vapor, por exemplo. Será um marco no desenvolvimento no Norte do Espírito Santo, no Sul da Bahia, e no Nordeste de Minas Gerais, de uma maneira nunca vista.

Além disso, a térmica tem potencial muito grande de equilibrar a distribuição [de energia] no Brasil entre o Nordeste e Sudeste, pois estaremos em uma geolocalização muito boa. A usina também vai viabilizar um linhão de 500 kV naquela região, o que vai definitivamente resolver o problema de energia de toda a área.

O investimento no projeto também deve ajudar no desenvolvimento econômico da região…

É um investimento de R$ 6 bilhões. Você pode imaginar o desdobramento econômico da região. Essa térmica na posição Norte do Espírito Santo será imperativa para desenvolvimento da região. A presença da usina vai trazer segurança energética, juntamente com os modais de transporte, o desenvolvimento e a mão de obra. A térmica é uma âncora de desenvolvimento para toda a região.

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