PETROLEIRAS DEFENDEM ACORDO CLIMÁTICO E CRITICAM POSIÇÃO DE DONALD TRUMP

O presidente americano Donald Trump está deixando à China cada vez mais a vontade para assumir um papel de maior relevância no cenário de lideranças globais e desta vez conseguiu unir vozes que muitas vezes entram em atrito. Ao anunciar a saída do acordo de Paris, que visa reduzir o aquecimento global, o líder dos Estados Unidos foi alvo de críticas não só de ambientalistas, mas também de diversas petroleiras.

As gigantes Exxon, Shell, Chevron e BP se posicionaram a favor do acordo, sendo que as empresas vêm fazendo grandes investimentos em energias mais limpas, como o gás natural – principalmente a partir das reservas de shale nos EUA.

O próprio secretário de Estado americano, Rex Tillerson, que respondeu pelo comando da Exxon durante 10 anos antes de receber o convite de Trump, era a favor da manutenção do acordo, mas foi vencido pelo presidente, que disse ter agido assim “em defesa dos empregos americanos”.

No entanto, uma pesquisa da Universidade de Yale mostrou que 47% dos eleitores dele defenderam a participação dos EUA em acordos internacionais para limitar o aquecimento global, enquanto que somente 28% foram contra.

A resposta a esse paradoxo é a relação de Trump com o setor de carvão, que vinha perdendo espaço na economia sucessivamente nos últimos anos e agora tem conseguido vitórias junto ao novo governo.