PETROLEIROS ACEITAM PROPOSTA DA PETROBRÁS E AFASTAM AMEAÇA DE GREVE
As greves continuam dando dor de cabeça ao governo federal, mas a ameaça dos petroleiros de também escolherem o caminho mais duro acabou sendo descartada, segundo a Federeção Única dos Petroleiros (FUP). Graça Foster (foto), que tem visitado governadores para acalmar ânimos e precisou mudar de tom depois que fez duras críticas à gestão anterior na Petrobrás, deve estar um pouco mais aliviada com a notícia.
De acordo com a FUP, as assembleias foram concluídas nesta sexta-feira (27) e a maioria dos trabalhadores da Petrobrás aceitou a proposta da estatal de quitação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) 2011.
“Além das bases dos 13 sindicatos filiados à FUP, também aprovaram o acordo os trabalhadores das bases dissidentes, que, mais uma vez, atropelaram o indicativo de rejeição dos divisionistas, que não propuseram qualquer alternativa ou mobilização para buscar uma nova proposta”, afirmou a federação, se referindo à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que tinha indicado a rejeição à proposta da estatal.
A briga dos trabalhadores era para receberem o mesmo tratamento que a Petrobrás deu aos acionistas, já que estes receberam 2,3% a mais em dividendos referentes a 2011 do que em 2010, enquanto os funcionários da companhia ficaram com 7,8% a menos de PLR do que no ano anterior.
Com o acordo, o piso da PLR será reajustado em R$ 760. Além disso, a estatal ofereceu pagamento de um valor adicional de R$ 1.296 ou 12% do salário do trabalhador, o que for maior, como adiantamento a título de gratificação contingente do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) de 2012. “O acordo para quitação da PLR 2011 estende aos petroleiros o mesmo tratamento que a Petrobrás deu aos acionistas”, concluiu a FUP em nota.
O tema da PLR foi eleito pela federação como um dos principais para as próximas reivindicações da categoria e afirmou que ainda precisam ajustar alguns pontos com a estatal. “A FUP voltará a intensificará a luta por um regramento justo e democrático para as PLRs futuras, não só quanto à forma de distribuição, como também em relação ao provisionamento dos valores”, declarou em nota.
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