PETROLEIROS APROVAM ACORDO COLETIVO COM A PETROBRÁS E GARANTEM DOIS ANOS SEM DEMISSÕES
Os petroleiros dos sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) confirmaram a aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2020-2022 do Sistema Petrobrás. As assembleias com a categoria se iniciaram em 31 de agosto e foram concluídas na noite de ontem (13), com o referendo do Sindipetro-Caxias. Representantes da FUP e seus sindicatos vão assinar o novo ACT com a gestão da Petrobrás amanhã (15), de forma eletrônica, concluindo, assim, as negociações que começaram no fim de julho.
Os petroleiros consideraram que a principal conquista foi a estabilidade de seus empregos por dois anos, já que a empresa se compromete a não promover demissões sem justa causa até agosto de 2022. Além disso, a manutenção de benefícios que não constavam do texto nas primeiras contrapropostas feitas pela gestão da Petrobrás às reivindicações da categoria, foi considerada muito importante.
“Os trabalhadores do Sistema Petrobrás não estão alheios às dificuldades políticas e econômicas pelas quais o Brasil passa. Cerca de 3 milhões de pessoas perderam seus empregos durante a pandemia, aponta o IBGE, somando 12,9 milhões de pessoas sem ocupação neste país. As negociações foram difíceis, e sabemos que o novo ACT não traz todas as nossas reivindicações, mas não podemos ignorar seus avanços, principalmente em relação à estabilidade de empregos por dois anos, a própria durabilidade do ACT pelo mesmo período e a manutenção de diversos benefícios que estavam ameaçados”, declarou o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar.
A partir desta semana, a FUP e seus sindicatos vão intensificar sua atuação na campanha “Petrobrás Fica.” Os petroleiros dizem que esse movimento é para mostrar à sociedade os prejuízos econômicos e sociais causados pela venda de ativos da companhia, sobretudo suas refinarias. “Vamos mostrar à população que a Petrobrás está sendo privatizada aos pedaços e que isso é ruim tanto para a economia nacional como para as economias locais e regionais. Essa privatização disfarçada vai contra o desejo da própria população brasileira”, afirmou.
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