PETROLEIROS DENUNCIAM SITUAÇÃO PRECÁRIA NAS INSTALAÇÕES DA PLATAFORMA P-50, OPERADA PELA PRIO NA BACIA DE CAMPOS
O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) enviou ofício a órgãos e entidades da administração pública federal, estadual e municipal requerendo a imediata interdição da plataforma P-50, operada pela PRio – antiga Petrorio, localizada na Bacia de Campos (RJ), até que sejam sanadas e restabelecidas as condições de continuidade operacional e de saúde, segurança e meio ambiente da unidade. Os petroleiros apontam que a embarcação está em processo de degradação devido à falta de investimentos e de manutenção de sua estrutura e maquinário: “Os turbo-geradores apresentam problemas no sistema de aquecimento de água, interferindo diretamente no mecanismo de separação e enquadramento de petróleo e água produzida e descartada. Além disso, o gerador de emergência e o gerador auxiliar estão com vazamentos no sistema de refrigeração, sendo um risco para a continuidade operacional em situações que exigem um tempo maior de utilização de tais equipamentos.” Disseram também que foram encontrados furos na linha de descarte de água oleosa, ocasionando a aspersão de resíduos nocivos, com a contaminação do ar e de superfícies de contato.
A P-50 está localizada no campo de Albacora Leste, descoberto pela Petrobrás em 2006, e adquirido pela PRIO, que na semana passada pagou a parcela restante de US$ 1,7 bilhão pelo campo. Com isso, a PRIO assumiu as operações da P-50 no mesmo dia em que o conselho de administração da Petrobrás aprovou a indicação de Jean Paul Prates para a presidência da companhia.
“Para garantir as condições operacionais da plataforma, a segurança e a saúde dos trabalhadores, o ofício encaminhado pelo Sindipetro-NF solicita atuação direta do Ministério Público do Trabalho, da Procuradoria e da Superintendência Regional do Trabalho do Rio de Janeiro; da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da direção da Petrobrás”, disse o coordenador-geral do Sindipetro do Espírito Santo, Valnísio Hoffmann.
Nota da Redação – A PRio tomou conhecimento das denúncias, mas ainda não se manifestou até este momento.
Enquanto era da Petrobrás o sindicato não reclamava?