PETROLEIROS DIVERGEM SOBRE PROPOSTA DA PETROBRÁS E PODEM ENTRAR EM GREVE NA PRÓXIMA SEMANA | Petronotícias




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PETROLEIROS DIVERGEM SOBRE PROPOSTA DA PETROBRÁS E PODEM ENTRAR EM GREVE NA PRÓXIMA SEMANA

Os petroleiros vão realizar assembleias por todo país nesta quinta-feira (19) para definir se devem entrar em greve por tempo indeterminado ou se aceitarão a proposta apresentada pela Petrobrás esta semana. O Conselho Diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP) decidiu aceitar o novo acordo, mas a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) defende a rejeição da proposta e uma nova mobilização nacional, que pode resultar em greve na próxima semana.

Os trabalhadores começaram a se mobilizar reivindicando um aumento na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), requerendo o mesmo tratamento dado aos acionistas. De acordo com a FUP, os petroleiros haviam recebido 7,8% menos de PLR relativo a 2011 do que em 2010, enquanto os acionistas haviam recebido 2,3% mais dividendos. A mobilização começou então para que recebessem também 2,3% a mais do que em 2010. o coordenador geral da FUP, João Antõnio de Moraes (foto), chegou a enviar uma carta à Graça Foster pedindo que fossem atendidos, o que ocorreu poucos dias depois, mas não resultou em acordo.

Nesta semana houve uma reunião entre os líderes dos trabalhadores e representantes da Petrobrás, mas ainda não há um consenso sobre a nova proposta apresentada. A Petrobrás ofereceu aumentar em R$ 760,00 o piso da PLR e acrescentar uma gratificação de contingente do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) 2012 no valor de R$ 1.260,00 reais ou 12% de uma remuneração.

Para a FUP, o acordo está de bom tamanho. “A maioria dos sindicatos no Conselho Deliberativo da FUP decidiu indicar a aceitação da nova proposta, entendendo que ela atende à principal reivindicação da categoria que era a isonomia da PLR em relação aos dividendos dos acionistas”, afirmou em nota.

Apesar da indicação da direção, a proposta ainda será votada em assembleias para que os trabalhadores se posicionem. Enquanto isso, a FNP está defendendo a rejeição da proposta e sugere uma nova mobilização.

De acordo com a FNP, a Petrobrás “tentou enganar os trabalhadores com uma antecipação da gratificação do Acordo Coletivo – que não está em negociação. Ainda que somados grosseiramente os valores, o piso da PLR continua abaixo daquele pago em 2011”, afirmou em nota.

A federação se posicionou contra e orienta os trabalhadores a fazerem nova mobilização. “Diante de um cenário que se desenha novamente de tentativa por parte da empresa de endurecer as negociações, a FNP e o Sindipetro-RJ defendem a rejeição da nova proposta e a organização de uma mobilização nacional”, completou.

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