PETROLEIROS INICIAM GREVE NACIONAL MAS PETROBRÁS NEGA QUE SUA PRODUÇÃO TENHA SIDO AFETADA
No final do dia (1) a Federação Única dos Trabalhadores fez um balanço do primeiro dia da greve por tempo indeterminado em refinarias e plataformas convocada por ela. Em todo o território nacional, 6.700 trabalhadores próprios da Petrobrás não se apresentaram no corte de rendição e aderiram à greve nacional promovida pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). São 15 bases envolvidas, em 10 estados (abaixo lista completa). Em ação simultânea, segundo a federação, “com o intuito de sensibilizar a diretoria da companhia a abrir canais diretos de negociação das demandas dos petroleiros, diretores da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e do Sindiquímica-PR – Deyvid Bacelar, Cibele Vieira, Tadeu Porto, José Genivaldo da Silva, Ademir Jacinto – estão ocupando a sede da Petrobrás, EDISE, desde o início da noite desta sexta-feira (31/1).”
O grupo ocupa uma sala no edifício, ainda segundo a FUP, “pretende manter a ação até que a diretoria sinalize com a abertura de um canal efetivo de diálogo sobre a paralisação das atividades da Ansa/Fafen-PR e o cumprimento das negociações determinadas no fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), em novembro, que foi mediado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).”
A Petrobrás, em nota, diz que “ A Petrobrás considera descabido o movimento anunciado pela FUP e informa que tomou as providências necessárias para garantir a continuidade da produção de petróleo e gás, o processamento em suas refinarias, bem como o abastecimento do mercado de derivados e as condições de segurança dos trabalhadores e das instalações”.
Um Mandado do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), expedido hoje (01), determinou a verificação das condições da ocupação, após denúncia da Petrobrás. No entanto, a juíza indeferiu o pedido de reintegração de posse do EDISE: Em nota, a FUP diz que “Estamos em greve contra as demissões em massa na FAFEN-PR, a favor do cumprimento do Acordo Coletivo, e sobretudo, exigindo um canal de comunicação e negociação aberto com a empresa. A categoria não irá assistir ao desmonte da Petrobrás sem fazer nada. Estamos na luta contra essa gestão, que vem destruindo um patrimônio nacional.”
A FUP reivindica a suspensão imediata do programa de demissões de 1.000( seriam 396, segundo a Petrobrás) funcionários da Fafen-PR, comunicado pela Petrobrás e que, segundo a empresa, será iniciado em 14 de fevereiro. As demissões, segundo a a nota “ ferem a cláusula 26 do ACT, que determina que qualquer demissão em massa deve ser negociada previamente com os sindicatos, o que não ocorreu. Além disso, os petroleiros querem que a Petrobrás estabeleça todos os grupos de trabalho (GTs) determinados no ACT para negociar pontos que não foram consensuais entre a empresa e a categoria. Esses pontos envolvem a tabela de turno dos trabalhadores da Petrobrás; o banco de horas; o plano de saúde; e a participação nos lucros e resultados (PLR). Ainda que já tenha aberto alguns GTs, a empresa tem tomado decisões por conta própria, sem o devido diálogo com os sindicatos nesses ambientes, como determinado pelo ACT.”
A Petrobrás informa oficialmente que nenhuma unidade, nem refinaria ou plataforma, tiveram suas produções comprometidas. Os petroleiros dizem que as seguintes unidades aderiram à greve nacional: REFAP; FAFEN-PR, SIX, REPAR, Transpetro de Paranaguá; REPLAN e RECAP; REGAP; REDUC; UTG-CAB; RLAM e TEMADRE; RNEST e Transpetro Suape; LUBNOR; REM.
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